Terça-feira, 18 de novembro de 2025

França retira bandeira da União Europeia do Arco do Triunfo após críticas

As autoridades francesas retiraram neste domingo (2) do Arco do Triunfo, em Paris, uma grande bandeira da União Europeia (UE), depois que oponentes de direita e de extrema direita do presidente Emmanuel Macron o acusaram de “apagar” a identidade francesa.

A bandeira foi colocada temporariamente no local na véspera de Ano Novo, para marcar o início da presidência de seis meses da França na UE. O governo francês nega que a bandeira tenha sido retirada por pressão e afirma que a remoção ocorreu conforme o previsto.

“Presidir a Europa sim, apagar a identidade francesa, não!”, escreveu no Twitter Valerie Pecresse, a candidata conservadora dos republicanos. Pesquisas indicam que ela pode ser a principal adversária de Macron nas próximas eleições presidenciais, que ocorre este ano.

Ela pediu a Macron que restaurasse a bandeira francesa no icônico monumento de guerra. “Devemos isso aos nossos soldados que derramaram seu sangue por isso”, disse ela.

Le Pen

A líder da extrema direita francesa, Marine Le Pen, classificou a remoção da bandeira como uma vitória. Um dia antes, ela ameaçou apelar ao Conselho de Estado da França para retirar a bandeira.

“O governo foi forçado a remover a bandeira da UE do Arco do Triunfo, uma bela vitória patriótica no início de 2022”, disse Le Pen. Ela afirmou no Twitter que uma “mobilização massiva” forçou Macron a derrubar a bandeira da UE.

Macron derrotou Le Pen em 2017, no segundo turno, por 66% a 34% dos votos válidos. Ele ainda não declarou sua candidatura, mas deverá concorrer novamente à reeleição em abril. A populista Le Pen já lançou sua campanha.

Pressão

O ministro francês dos Assuntos Europeus, Clement Beaune, que na sexta-feira disse que a bandeira ficaria por “vários dias” no Arco do Triunfo, afirmou que ela havia sido retirada conforme o planejado.

“Estava programado que a bandeira seria retirada neste domingo, não tínhamos estabelecido uma hora exata”, disse Beaune à rádio France Inter.

Ele disse que o governo não “recuou” e acusou os opositores de “perseguirem desesperadamente as controvérsias estéreis da extrema direita”.

“Não recuamos, não houve mudança de planos. Presumo totalmente que o destino da França seja a Europa”, disse Beaune, acrescentando que a instalação da bandeira da UE não substituiu a bandeira francesa, porque não era uma exibição permanente.

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