Quinta-feira, 09 de outubro de 2025

Fraudes nas aposentadorias do INSS vitimaram 5,7 milhões de brasileiros, descobre CPMI

Dados obtidos pela CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS junto ao governo Lula mostram que as fraudes contra beneficiários da Previdência atingiram mais de 5,7 milhões de brasileiros em todo o País. O dado está ligado ao número de beneficiários que acionaram as instâncias do governo para denunciar descontos ilegais em seus benefícios.

As informações foram enviadas ao Congresso pela Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social, a Dataprev.

Segundo o levantamento, enquanto mais de 5,7 milhões de brasileiros informaram terem sido vítimas de fraudes, só 125.671 beneficiários do INSS reconheceram que autorizaram os descontos. Ainda assim, muitos atestaram que foram enganados por golpistas ao apresentar documentos.

Os dados da Dataprev também mostram que o número de vítimas das fraudes no INSS continua crescendo, ainda que num ritmo menor.

Em maio, logo após a Polícia Federal ter desmontado o esquema criminoso, 2,5 milhões de brasileiros denunciaram descontos ilegais.

Em junho, o número caiu para 1,2 milhão. Em julho, subiu para 1,3 milhão. Já em agosto foram 514.827 denúncias de desconto ilegal. No mês passado, foram mais 267.827 brasileiros a solicitar o fim da farra.

Leila Pereira

Três deputados federais e um senador apresentaram requerimentos para convocar, para a CPMI do INSS Leila Pereira, presidente do Palmeiras e da empresa de crédito pessoal Crefisa. A comissão investiga esquema de fraudes a aposentadoria e pensões envolvendo o instituto.

Os requerimentos foram apresentados pelo senador Marcos Rogério (PL-RO) e pelos deputados Evair Vieira de Melo (PP-ES), Sidney Leite (PSD-AM) e Delegado Fabio Costa (PP-AL). Em todos os casos, foram citadas supostas “irregularidades” por parte da Crefisa como justificativa para convocar Leila.

No texto apresentado por Marcos Rogério, o senador afirmou que houve denúncias de irregularidades operacionais, incluindo relatos de coação de aposentados para abertura de contas, ausência de infraestrutura adequada para atendimento e atrasos no pagamento de benefícios.

O deputado Evair Vieira de Melo disse, inclusive, que a Crefisa é um dos principais alvos das denúncias que levaram à instalação da CPMI. O congressista citou a realização de empréstimos sem a autorização dos beneficiários, cobranças abusivas, taxas de juros “impagáveis” e dificuldades na renegociação de dívidas.

Sidney Leite também falou em “indícios de graves irregularidades” nas operações com a Crefisa e o deputado Delegado Fabio Costa disse que não se tratava de falhas pontuais, mas de “irregularidades sistêmicas”, uma vez que a empresa, segundo ele, assumiu quase a totalidade do mercado de pagamento de benefícios e se tornou uma “peça central” no sistema de repasses da Previdência Social. (Com informações da revista Veja e da CNN Brasil)

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