Quinta-feira, 11 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 10 de setembro de 2025
Cofundador da Oracle, Larry Ellison tornou-se a pessoa mais rica do mundo pela primeira vez, encerrando o reinado de mais de um ano de Elon Musk no topo da lista. A fortuna de Ellison aumentou em nada menos do que US$ 101 bilhões em poucas horas de negociações na Bolsa de Valores de Nova York. E, às 10h10 (hora local), ele se tornou o homem mais rico do mundo.
Mas, no fim do dia, o dono da Tesla voltou ao primeiro lugar com a desaceleração da alta da Oracle, que chegou a superar 40% pela manhã. No decorrer desta quarta, a valorização das ações da Oracle desacelerou e os papéis terminaram o dia com alta de 35,9%. Com isso, Musk terminou o dia ainda como o mais rico do mundo, e Ellison, voltou ao segundo lugar.
O salto nas ações de sua empresa ocorreu após a Oracle divulgar resultados acima do esperado no último trimestre. A empresa de software viu seus negócios de armazenamento de dados em nuvem prosperarem com o avanço da inteligência artificial.
Com isso, a fortuna de Ellison chegou a US$ 393 bilhões, à frente de Musk, que possuía US$ 385 bilhões, de acordo com o índice de bilionários da Bloomberg. Foi o maior aumento diário de um patrimônio pessoal já registrado pelo índice.
Mas, ao fim do dia, a riqueza de Ellison saltou US$ 89 bilhões. A desaceleração da valorização da Oracle foi suficiente para Elon Musk, que viu as ações da Tesla subirem 0,24%, voltar ao posto de homem mais rico do mundo
E por uma diferença de “apenas” US$ 1 bilhão de dólares. No encerramento do dia, Musk registrou uma fortuna avaliada em US$ 384,2 bilhões, enquanto Ellison encerrou o dia com um cofre avaliado em US$ 383,2 bilhões. Mark Zuckerberg, da Meta, vem logo atrás, com US$ 264,1 bilhões.
Em julho, Ellison já havia ultrapassado Mark Zuckerberg e se tornado a segunda pessoa mais rica do mundo.
Musk chegou ao topo do ranking dos bilionários pela primeira vez em 2021, antes de perder o título para Jeff Bezos, da Amazon, e Bernard Arnault, da LVMH. O dono da Tesla e da SpaceX recuperou a posição no ano passado e a manteve por pouco mais de 300 dias.
Quem é Larry Ellison?
Ellison é cofundador e maior acionista da Oracle, gigante de software que ficou famosa por seu banco de dados homônimo, que sustenta muitas das maiores operações corporativas do mundo. Mais recentemente, a empresa conquistou espaço no competitivo mercado de infraestrutura de computação em nuvem, dominado por rivais como a Amazon.
Aos 81 anos, Ellison detém mais de 40% da Oracle, sediada em Austin, no Texas, o que representa a maior parte de sua riqueza. Ele também possui participação na Tesla, fabricante de veículos elétricos de Musk; em uma equipe de vela; no torneio de tênis Indian Wells; e em imóveis, incluindo a ilha de Lanai, no Havaí.
Em alta
A Oracle investiu bilhões de dólares nos últimos anos para se tornar uma fornecedora de infraestrutura em nuvem, oferecendo poder de computação e armazenamento pela internet. A empresa se beneficiou do entusiasmo em torno da inteligência artificial, já que startups e outras companhias de IA buscam maior capacidade.
No início de setembro, o preço das ações da Oracle havia triplicado desde o lançamento público do ChatGPT, em novembro de 2022. O papel atingiu um recorde histórico após o fechamento do mercado em Nova York, na terça-feira, dia 9 de setembro, quando a Oracle apresentou uma projeção agressiva para seu negócio em nuvem, surpreendendo Wall Street e reforçando a expectativa de que a expansão global da infraestrutura de IA esteja se acelerando.
No primeiro trimestre do ano fiscal de 2026, resultado do primeiro trimestre do ano fiscal de 2026, a empresa registrou um lucro, excluindo alguns itens, de US$ 1,47 por ações, enquanto a estimativas eram de US$ 1,48. Mas a receita total subiu 12%, US$14,9 bilhões.
Mas o pulo do gato está no sucesso que a Oracle vem obtendo no aquecido mercado de computação em nuvem, se consolidando como um importante fornecedora de capacidade de computação para inteligência artificial, concorrendo com líderes do setor como Amazon, Microsoft e Google, da Alphabet.
No início deste verão, a empresa assinou um acordo sem precedentes com a OpenAI, operadora do ChatGPT, para 4,5 gigawatts em capacidade de data centers — energia suficiente para abastecer milhões de residências americanas. A Oracle também tem a Nvidia e o TikTok, da ByteDance, entre seus principais clientes de nuvem.