Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 3 de novembro de 2025
	
			
Após passar seis dos seus 26 anos encarcerada por um homicídio do qual acabou absolvida por falta de provas, a gaúcha Damaris Vitória Kremer da Rosa faleceu nao balneário de Arroio do Silva (Litoral Sul catarinense). Ela lutava contra um câncer de colo do útero, doença da qual relatava sintomas durante o período em que permaneceu presa preventivamente.
O caso remonta ao final de novembro de 2018, no município de Salto do Jacuí (Noroeste do Estado). Após saber que então jovem de 19 anos teria sido vítima de um estupro, o namorado dela teria recorrido a um conhecido para “justiçarem” com as próprias mãos o abusador, resultando na morte do indivíduo a tiros e no incineramento do corpo, na mesma cidade, dias após o incidente.
Em julho de 2019, a investigação policial acabou resultando no indiciamento do trio pela morte do suposto estuprador e, na sequência, no acolhimento de denúncia do Ministério Público pela Justiça. Damaris foi presa preventivamente em agosto daquele ano e assim permaneceu em diferentes instituições penitenciárias do Interior gaúcho até abril de 2025, quando obteve o benefício da prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, na residência da mãe em Santa Catarina.
O caso foi finalmente levado ao tribunal em agosto passado, tendo como desfecho a condenação do namorado. Damaris e o outro réu foram inocentados por falta de provas que os ligassem ao crime.
Durante o período atrás das grades, a defesa que a prisão fosse revogada porque Damaris passou a apresentar sangramento vaginal e dor na região pélvica. Mas as solicitações foram negadas pela Justiça, com base em pareceres contrários dos promotores encarregados do caso, apontando falta de diagnósticos comprobatórios de câncer.