Sábado, 04 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 4 de outubro de 2025
O primeiro dos 15 brasileiros que estavam na Flotilha sentido Faixa de Gaza para distribuir ajuda humanitária e que foram detidos pelo governo israelense foi deportado, de acordo com uma nota da Global Sumud Flotilla, responsável pela iniciativa.
Nicolas Calabrese, professor de educação física e militante do PSOL foi liberado neste sábado (4), mas ainda não há informações sobre o seu retorno ao Brasil, informa uma nota publicada pela organização.
De acordo com o grupo, a organização Adalah, responsável pela assistência jurídica dos demais integrantes da Flotilha ainda não recebeu nenhuma informação acerca da deportação dos demais brasileiros.
“A ausência de transparência sobre os processos de deportação é temerosa e uma estratégia do governo israelense para dificultar ao máximo os trabalhos da organização e dos advogados que se esforçam para acompanhar os ativistas presos ilegalmente”.
A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), que assumiu à frente da interlocução entre os brasileiros e a imprensa afirmou que a deportação dos demais deve ser iniciada neste domingo (5).
“Passando o feriado lá [em Israel], pode começar o processo dos que assinaram o documento de deportação”, disse.
Ainda segundo a Global Sumud Flotilha, Thiago Ávila, João Aguiar, Bruno Gilga e Ariadne Telles — integrantes da Flotilha — iniciaram uma greve de fome como “forma de protesto não violento, historicamente utilizado por pessoas que, privadas de voz ou poder, recorrem ao próprio corpo como instrumento de resistência”.
“Nossos ativistas presos, levavam ajuda humanitária à Gaza, e foram impedidos, quando sequestrados pelo governo israelense em águas internacionais, e depois presos ilegalmente e colocados em uma prisão isolada no deserto, a única forma de se manifestarem é utilizando seu corpo”, informam.
A Flotilha buscava romper o bloqueio israelense usando embarcações que partiram de portos do outro lado do Mar Mediterrâneo. Entre os integrantes da flotilha estava a ativista climática Greta Thunberg.