Por Redação do Jornal O Sul | 3 de outubro de 2025
Após dois mandatos à frente da Farsul, Gedeão Pereira encerra sua gestão com uma transição histórica e se prepara para assumir, a partir de janeiro de 2026, a primeira vice-presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A nomeação o posiciona como o dirigente mais influente do agro gaúcho na esfera nacional.
“Já fui segundo vice-presidente por quatro mandatos do presidente Carlos Sperotto. Agora subo um degrau e assumo a primeira vice-presidência da CNA, ao lado do presidente João Martins. É uma responsabilidade maior, para auxiliar um líder que tem feito um trabalho exemplar em Brasília”, afirmou Gedeão em entrevista exclusiva ao jornal O Sul.
A escolha é reflexo de uma trajetória marcada por articulação política, defesa técnica do setor e capacidade de diálogo. Em 2024, Gedeão foi peça-chave na reação à tentativa do governo federal de importar arroz após as enchentes de maio. Ao lado de entidades como Federarroz e técnicos da Farsul, conseguiu demover a Conab da medida, evitando prejuízos à cadeia produtiva.
Sua atuação também foi decisiva na conquista de R$ 4,5 bilhões em recursos do BNDES para produtores afetados pelas perdas climáticas no Rio Grande do Sul. “Em quatro ou cinco anos, deixamos de colher cerca de 50 milhões de toneladas de grãos. São R$ 200 bilhões que deixaram de circular no bolso do produtor. Sem crédito com juros compatíveis, muitos não resistirão”, alertou.
Na Farsul, a eleição de Domingos Velho Lopes como sucessor foi marcada por chapa única e unanimidade. “Domingos é capacitado, experiente e herda uma história centenária. A responsabilidade é grande, mas ele tem força e conhecimento para fazer uma grande gestão”, disse Gedeão.
Com sua ida à CNA, o agro gaúcho ganha ainda mais voz em Brasília — e o Brasil, um líder que une técnica, visão estratégica e profundo compromisso com o campo.
