Sábado, 25 de outubro de 2025

General de Lula já havia sido punido na gestão Dilma

O general Gonçalves Dias, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que pediu demissão nessa quarta-feira (19), se envolveu em polêmica também durante a gestão Dilma Rousseff. Homem de confiança de Lula, que aparece em imagens no dia 8 de janeiro conduzindo invasores para a porta de saída do Planalto, Gonçalves Dias apresentou atestado médico para não comparecer à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados e pediu afastamento do cargo. Era conhecido como “General do Lula”.

No comando da 6ª Região Militar, que cuida da logística e de pessoal do Exército na Bahia, foi afastado da função porque foi filmado e fotografado abraçando e comendo bolo com manifestantes, durante a greve da Polícia Militar no Estado.

Naquele fevereiro de 2012, houve saques, ônibus foram rendidos, a situação se agravou a tal ponto que o governo federal assinou de decreto de GLO – Garantia da Lei e da Ordem. A atitude do comandante irritou tanto a então presidente Dilma quanto o então comandante o Exército, Enzo Peri. Ele foi exonerado do cargo para, na ocasião, assumir a diretoria de Civis, Inativos, Pensionistas e Assistência Social do Exército.

Envolvimento

O GSI, formado majoritariamente por militares, é o órgão responsável pela segurança das instalações da Presidência da República. Até o início de 2023, também fazia a segurança pessoal do presidente e de seus familiares. Mas Lula decidiu ter sua segurança composta por policiais federais, alguns que já o acompanharam durante a campanha presidencial.

Lula e boa parte do governo tem receio da atuação de militares no núcleo da administração federal. A quantidade de militares que participaram do governo Bolsonaro deixou a impressão no governo petista de que parte das Forças Armadas assumiu uma atuação ideológica.

Vídeos gravados durante o dia 8 de janeiro mostram, por exemplo, o então comandante do Batalhão de Guarda Presidencial (BGP) pedindo uma atuação mais branda da Polícia Militar do Distrito Federal com os invasores.

Para o comandante, para se atingir os objetivos é necessário um Exército “moderno, com capacidade dissuasória, profissionalismo e aptidão”. A instituição completou 375 anos de existência nessa quarta.

Relação

Desde que assumiu a presidência, Lula tem buscado melhorar sua relação com os militares, participando de reuniões e prestigiando solenidades. Como presidente da República, Lula é o comandante em chefe das Forças Armadas.

Após os atos em Brasília em 8 de janeiro, Lula defendeu a punição a militares envolvidos com ações extremistas e trocou o comando do Exército, com a exoneração do general Júlio Cesar Arruda e a nomeação do general Tomas Paiva para o cargo de comandante. Lula tem repetido que deseja Forças Armadas bem preparadas, porém distantes da política.

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