Quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 11 de dezembro de 2025
Ministros do Supremo Tribunal Federal valorizam a autoestima, para dizer o mínimo, o que pode explicar a dificuldade do ministro Gilmar Mendes de admitir o erro de afrontar as prerrogativas do Senado para impossibilitar o impeachment dele próprio e dos colegas. Gilmar devolve ao cidadão, seu patrão, o direito de pedir impeachment com base em lei existente há 75 anos. Mas foi só: manteve dispositivos que enfureceram o País. E ainda apontou como o Senado deve legislar sobre o assunto.
É um começo
Gilmar desistiu de condicionar impeachment de ministro do STF ao crivo da Procuradoria Geral da República (PGR), emasculando o Senado.
Não passa nada
Para se ter ideia do que isso significa, Paulo Gonet, atual chefe da PGR, por exemplo, ex-sócio e amigo íntimo, foi também indicado por Gilmar.
Moro vê “avanço”
O “recuo” cosmético ajuda a reduzir a temperatura. “Há mais elementos a retificar, mas foi um avanço”, avalia o senador Sérgio Moro (União-PR).
Legislador sem voto
Gilmar impôs alterações na legislação, como a exigência de dois terços e não maioria simples dos votos dos senadores para instaurar processo.
Ministro de Lula quer se filiar ao partido de Tarcísio
Enxotado do União Brasil por se agarrar como carrapato ao cargo de ministro do Turismo, Celso Sabino insiste na disputa por vaga de senador pelo Pará. Sabino tenta agora se filiar ao Republicanos, partido de Tarcísio Gomes de Freitas, ainda sem pré-candidato ao posto. Outro destino cogitado pelo ministro foi o MDB, mas a conversa azedou, já que o partido tem ao menos dois pré-candidatos: o governador Helder Barbalho e o presidente da Assembleia Legislativa, Chicão Melo.
Dupla face
Sabino se elegeu deputado com discurso de oposição, mas agora espera contar com o apoio de Lula (PT) na eleição do próximo ano.
Nem pensar
Além de o excesso de caciques no MDB dificultar a filiação e empurrar Sabino para o Republicanos, Lula tem outros candidatos no Estado.
Petista na área
O MDB paraense é fechado com Lula, que, além de Barbalho, deve apoiar um nome do próprio PT na disputa: Paulo Rocha, ex-senador.
CPI da Lava Toga
A oposição articula a retomada da CPI da Lava Toga, engavetada há anos, para investigar viciados em jatinhos, sentenças contaminadas politicamente e até contratos milionários de escritórios de advocacia de familiares de ministros, dispensados de alegar suspeição para julgar.
Cidadania perdida
O ministro Marco Aurélio vê “tempos muito estranhos” no STF, onde serviu por 31 anos. “Os colegas perderam a cidadania”, observa, “não conseguem sair às ruas”. Exceto protegidos por seguranças, acrescenta.
Sem sinais vitais
Viraliza nas redes sociais, com fundo preto, uma nota de falecimento, aos 95 anos, do conselho federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Deve ter morrido mesmo: há um tempão não dá sinal de vida.
Só se comportar
Para evitar banalização do impeachment, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) deu simples e valoroso conselho aos ministros do Supremo Tribunal Federal, “comportem-se direito”.
Dólares na veia
O jornalista David Ágape revelou que o site “Sem Anistia pra Golpista” é bancado por ONGs financiadas por estrangeiros como a Open Society Foundations, NED, IRI, Luminate, Ford Foundation e OAK Foundation, “todas conectadas a redes transnacionais de influência”, diz.
Prejuízo dos grandes
O navio tanqueiro arrestado por militares dos EUA próximo à costa da Venezuela é o “maior já apreendido”, segundo Donald Trump. Um navio desse tipo carrega, em média, US$ 120 (R$ 655) milhões em petróleo.
Apenas uma migalha
Para o economista Marcos Cintra, o projeto aprovado que reduz penas do 8 de janeiro é vitória de Pirro: “Redução de 27 anos para 22 anos de pena para crime inexistente é gozação”. “Foi lançada uma migalha”, diz.
Baderna
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defende denúncia ao Conselho de Ética a arruaça promovida pela turma do Psol, na terça (9), sequestrando a presidência da Câmara.
Pensando bem…
…se pega a moda de cassar parlamentar que não trabalha…
PODER SEM PUDOR
Flagra de conspiração
O senador José Jorge (PFL-PE) usava a palavra, na CPI dos Bingos, no primeiro governo Lula, mas parecia chamar a atenção do relator da comissão, senador Garibaldi Aves (PMDB-RN), que conversava com o colega e conterrâneo Agripino Maia (PFL). É claro José Jorge não perdeu a piada: “Devem estar conspirando contra o Fernando Bezerra (senador do PTB-RN), para ver quem será o governador…” A leveza (e o talento político) de José Jorge, Garibaldi e Agripino Maia fazem falta ao Senado.