Sábado, 23 de agosto de 2025

Governador gaúcho divulga em São Paulo as iniciativas do RS no segmento de energia sustentável

Durante palestra em São Paulo nessa sexta-feira (22), o governador gaúcho Eduardo Leite voltou a detalhar as iniciativas de sua gestão para que o Estado seja protagonista no segmento de energia ambientalmente sustentável. Ele falou para aproximadamente 80 líderes dos setores público e privado, além de potenciais investidores, no fórum “Economia de baixo carbono e energias renováveis”.

O evento foi realizado por meio de parceria entre a agência de fomento Invest RS e a AYA Earth Partners, maior ecossistema de negócios de baixo carbono no País. Em sua fala, o chefe do Executivo do Rio Grande do Sul enalteceu o planejamento estratégico que coloca a transição energética como um pilar essencial para o desenvolvimento ecomômico e social. Também reiterou o discurso sobre a recuperação fiscal, um de seus cavalos-de-batalha.

“O Rio Grande do Sul é reconhecido nacionalmente como exemplo pelas reformas estruturais implementadas nos últimos anos no Brasil para reequilíbrio fiscal, para retomar capacidade de investimentos e proporcionar um ambiente preparado para desenvolvimento de negócios da economia verde para o futuro”, frisou.

As reformas permitiram que o Estado reduzisse drasticamente o comprometimento da receita com despesas de folha de pagamento, saindo de 80% para 60%, abrindo espaço para uma série de políticas de incentivo, inclusive no setor de energia. O resultado foi uma retomada robusta da capacidade de investir, elevando a média de investimentos de 3% da sua receita corrente líquida, entre 2015 e 2020, para quase 11% no ano passado.

Esse novo cenário de solidez fiscal, somado a um ambiente de negócios modernizado com agilidade na abertura de empresas e concessão de benefícios, criou as condições ideais para atrair capital privado. Leite citou as privatizações e concessões já realizadas no setor elétrico, de gás e de saneamento, que devem alavancar R$ 72 bilhões em investimentos em infraestrutura.

Competitividade

O governador enumerou os fatores que, segundo ele, tornam o Rio Grande do Sul competitivo. Na lista estão a terceira posição dentre os Estados considerados mais seguros (“temos o menor número de roubos de celulares per capita”, citou), a liderança em inovação (com parques tecnológicos e universidades de ponta) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) definido como “privilegiado”.

“No setor de energias renováveis, o potencial é destacado: o Rio Grande do Sul possui a 4ª maior produção de energia solar e a 5ª maior de energia eólica do Brasil. “Líder em projetos de licenciamento de geração eólica offshore”, complementou Leite.

Ele também enfatizou a conexão estratégica entre a forte base agroindustrial do Estado e a produção de biocombustíveis, como biodiesel e etanol de trigo, para os quais o governo oferece incentivos tributários. Outro destaque foi o potencial para hidrogênio verde, estudado em detalhe em consultoria da McKinsey encomendada pelo Estado:

“Além de termos fonte de energia renovável robusta, nós temos uma demanda interna de produção de fertilizantes, biocombustíveis e outros, que dão a capacidade de sustentar esta produção”, disse, diferenciando a estratégia gaúcha, focada no mercado interno, da de outros Estados voltados para a exportação.

Leite destacou que o potencial do hidrogênio verde vai além da descarbonização e representa uma formidável alavanca para o crescimento econômico do Estado. Estudos prospectivos encomendados pelo governo, incluindo as análises da McKinsey, projetam que a implantação plena da cadeia de hidrogênio verde tem o potencial de adicionar quase R$ 50 bilhões ao PIB gaúcho até 2040, impulsionando setores desde a geração de energia renovável até a produção de fertilizantes verdes e combustíveis sustentáveis.

Para acelerar concretamente essa oportunidade, o governo do Estado já deu um passo crucial com o lançamento de editais de subsídios específicos para viabilizar projetos de hidrogênio verde. O pacote de incentivos, que totaliza R$ 100 milhões em recursos direcionados, foi desenhado para atrair e fomentar investimentos privados em pesquisa, desenvolvimento e implantação de infraestrutura.

(Marcello Campos)

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