Domingo, 19 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 23 de julho de 2023
O Ministério da Saúde da Itália lançou uma campanha contra o abandono de animais de estimação. Intitilada “inseparáveis nas férias”, a iniciativa tem por finalidade fazer com que as pessoas possam estreitar suas relações com os “pets” durante o verão no Hemisfério Norte.
“Nossos amigos animais merecem amor e carinho constantes todos os dias porque o único lugar certo para eles é ao nosso lado”, diz uma das mensagens. A ação é acompanhada da disponibilização de um filtro no Instagram para que tutores possam compartilhar fotos com seus bichinhos.
Na Itália, quem abandona um animal está sujeito a um ano de prisão e pagamento de multa que pode chegar a 10 mil euros (mais de R$ 53 mil). Mesmo assim, no ano passado um estudo da Agência Nacional de Proteção Animal (Enpa) do país europeu apontou que quase 60 mil pets foram deixados para trás entre janeiro e setembro.
França
O abandono de amimais domésticos também preocupa outros países do Velho Continente. Na lista está a França, onde a prática tem causado problemas como superlotação de abrigos, enquanto entidades de proteção reforçam campanhas para sensibilizar quem ainda se livra de um bichinho ao sair de férias ou perceber que não terá condições de bancar as despesas com um pet que adotou, por exemplo.
Dos mais de 100 mil pets levados a instituições com tal perfil no país a cada ano, 60% são atendidos durante o verão. Esse número supera em 7% o do ano anterior e coloca os franceses no topo do ranking europeu..
“Começamos o verão com os refúgios quase lotados. Isso é um verdadeiro problema, porque somos obrigados a manter esses animais em condições que não são ideais. Eles ficam em locais ainda mais apertados do que o normal”, ressalta o diretor Pierre Prunes, 50 anos, responsável por um abrigo de animais nos arredores de Paris.
Ele explica que uma das alternativas é o voluntariado de mais famílias de acolhimento, que cuidam de um bichinho por curto período, até que novas vagas sejam liberadas nos refúgios.
Presidente da fundação “300 Milhões de Amigos”, Reha Hutin analisa que muitas pessoas adotaram pets durante a pandemia de coronavírus para que servissem de companhia durante os longos meses de isolamento. Com o fim do estado de emergência sanitária e das restrições para viagens, milhares de bichos estão sendo levados de volta para os abrigos.
Desde 2012, o governo da França exige que todos os pets sejam identificados por meio de chip. Em 2021, uma nova lei passou a prever uma multa de três anos de prisão e 45 mil euros para quem abandona bichos de estimação em espaços públicos. Mas a entrega a centros de acolhimento não é penalizada.