Sexta-feira, 08 de agosto de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 8 de agosto de 2025
O Gabinete de Segurança e Assuntos Políticos de Israel aprovou nesta sexta-feira (8) o plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de ocupar a Cidade de Gaza. Segundo comunicado divulgado pelo Gabinete, a operação do Exército israelense incluirá o fornecimento de ajuda humanitária aos palestinos.
O comunicado afirma ainda que a medida foi aceita porque “a maioria absoluta dos ministros do Gabinete acreditava que o plano alternativo apresentado não alcançaria a derrota do Hamas nem o retorno dos reféns”.
O gabinete também aprovou cinco condições para o fim da guerra: desarmamento do Hamas; retorno de todos os reféns sequestrados — tanto vivos quanto mortos; desmilitarização da Faixa de Gaza; controle de segurança israelense sobre a Faixa de Gaza; e estabelecimento de um governo civil alternativo que não seja nem do Hamas nem da Autoridade Palestina.
Em entrevista na quinta-feira (7), Netanyahu confirmou planos de ocupar a totalidade da Faixa de Gaza no final da guerra, mas disse não ter a intenção de anexar o território, mas, sim, estabelecer um “perímetro de segurança”.
“Nós não queremos ficar com Gaza, queremos um perímetro de segurança”, declarou o premiê em Tel Aviv.
ONU
A expansão do conflito gerou críticas da comunidade internacional. O chefe de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), Volker Turk, afirmou nesta sexta que o novo plano de Israel causará mais mortes e sofrimento e precisa ser “imediatamente interrompido”.
O Hamas chamou a decisão de Israel de controlar a Cidade de Gaza de um “crime de guerra”.
Mais de 61 mil pessoas morreram no território palestino desde o início da guerra entre Israel e Hamas, iniciada em 7 de outubro de 2023 após um ataque do grupo terrorista no país que matou mais de 1,2 mil israelenses. Outros 250 foram feitos reféns.