Quinta-feira, 06 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 6 de novembro de 2025
O MDHC (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania) desmentiu a suposta proposta de assistência financeira a familiares de mortos na megaoperação policial nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, realizada na semana passada. A ação deixou 121 mortos, entre eles, quatro policiais.
Em nota, o ministério afirmou que “não foi consultado sobre o assunto, não fez nenhum anúncio de ajuda financeira às famílias” e esclareceu que “as informações veiculadas [em sites de notícias e nas redes sociais] são inverídicas”.
“A visita da ministra Macaé Evaristo ao Rio de Janeiro teve como principal objetivo o acolhimento às comunidades afetadas e a discussão sobre a retomada imediata dos serviços públicos de educação, saúde e assistência social nas áreas impactadas”, destacou o MDHC.
No comunicado, o ministério apontou que, entre as principais ações realizadas pelo governo estão a articulação com órgãos públicos para garantir o funcionamento de escolas, hospitais e serviços essenciais, o mapeamento das necessidades locais e coordenação de apoio técnico e institucional, com base em protocolos humanitários internacionais, e a abertura de um canal específico no Disque 100 para receber relatos das comunidades impactadas pelas operações.
Lula fala em “operação desastrosa”
Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a megaoperação policial foi uma “matança”. “A ordem do juiz era para que fossem cumpridos mandados de prisão, não para uma matança e, no entanto, houve uma matança”, disse o presidente em entrevista.
Lula chamou ainda a operação de “desastrosa”. “A dura realidade é que, em termos de número de mortos, alguns podem considerar a operação um sucesso. Mas, do ponto de vista da ação estatal, acredito que foi desastrosa”, afirmou.