Sexta-feira, 29 de março de 2024

Governo federal fechará 2021 com déficit primário de 1% do PIB, diz o ministro da Economia, Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (6) que o déficit primário do governo federal deve ficar em 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no encerramento deste ano e em 0,5% do PIB em 2022, o que representa uma recuperação na trajetória das contas públicas após déficit de 10,5% do PIB em 2020.

Em apresentação durante o prêmio anual do Tesouro Nacional, o ministro disse que a atuação da equipe econômica tem foco na área fiscal.

“É o fiscal que dirige todo o processo. Nós derrubamos e controlamos a trajetória futura dos gastos com Previdência, os juros, os gastos com salários do funcionalismo, que estavam fora de controle, e, finalmente, essa jabuticaba brasileira, que foram os precatórios”, disse.

De acordo com o ministro, o descontrole das trajetórias futuras de gastos do governo tem relação com problemas que o País já enfrentou, como hiperinflação, elevação da dívida pública, juros altos, aumento de impostos, baixo crescimento e corrupção.

Gastos públicos

Guedes, repetiu a avaliação de que a equipe econômica atual teria conseguido domar os principais gastos públicos. “Derrubamos e recontrolamos a trajetória de gastos com previdência, juros, salários do funcionalismo e finalmente essa jabuticaba brasileira, que são os precatórios”, afirmou.

Guedes voltou a citar a redução do rombo primário em 2021.

“O País tinha um déficit de 2% do PIB quando nós chegamos, reduzimos para 1% em 2019, fomos a 10,5% do PIB em meio à pandemia, esse ano volta a 1% e ano que vem está previsto em 0,5%”, reafirmou o ministro da Economia.

Mudanças

O presidente Jair Bolsonaro vetou o nome do ex-deputado federal e ex-ministro das Cidades Alexandre Baldy (PP-GO) para ocupar um posto de articulação política dentro do Ministério da Economia, de acordo com fontes do governo.

A pasta do ministro Paulo Guedes irá anunciar nesta semana uma reestruturação, que inclui a troca de dois secretários e a criação de uma nova secretaria.

Baldy faria parte dessa dança das cadeiras ao assumir um cargo de assessor especial de Guedes responsável por cuidar da relação com o Congresso Nacional.

Bolsonaro, porém, não aceitou o nome do político por ele ter sido secretário de Transportes no governo João Doria, em São Paulo, que é adversário político do presidente e pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo PSDB.

Baldy também desponta como possível candidato ao Senado em Goiás, enquanto Bolsonaro quer emplacar outro nome no estado.

O político do PP havia recebido o aval da ala política do governo, como o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. O seu nome também fora bem recebido pelo Congresso, onde tem bom trânsito.

O veto de Bolsonaro, porém, vai obrigar o ministro a mudar de planos. Guedes quer mudar a área da articulação política porque vê nela uma deficiência da sua pasta depois da saída de Esteves Colnago para assumir o cargo de secretário de Tesouro e Orçamento dentro do Ministério da Economia.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

Comitê de Política Monetária deve elevar a taxa básica de juros a 9,25% ao ano
Dólar sobe mais e fecha perto de 5 reais e 69 centavos, no maior valor desde abril
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play