Quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Governo Lula oficializa tecnologia para melhorar a qualidade da TV

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta quarta-feira (27) o decreto que oficializa a TV 3.0, que promete revolucionar o modo como os brasileiros assistem à televisão. A tecnologia possibilitará imagens com qualidade superior, som imersivo e recursos avançados de interatividade.

A TV 3.0 permite uma integração maior com a internet. Com a novidade, os telespectadores podem interagir com a programação a partir do uso de aplicativos. A ideia é que os novos aparelhos televisivos venham da fábrica com a primeira tela apresentando um catálogo de canais abertos.

Além disso, a tecnologia possibilitará às emissoras oferecer conteúdos adicionais sob demanda, como séries e jogos. Outra novidade é que a pessoa poderá fazer compras diretamente de seu televisor. A mudança abre outras possibilidades de geração de receitas às emissoras.

Publicidade interativa: os telespectadores podem interagir com os anúncios exibidos na tela. Isso abre espaço para a criação de campanhas publicitárias interativas, quizzes, jogos e votações, que podem envolver os espectadores e gerar receita por meio de parcerias com anunciantes;

Publicidade direcionada: será possível enviar publicidade personalizada, de acordo com a região e perfil do telespectador;

Comércio eletrônico integrado: integração do comércio eletrônico à experiência de visualização. Os telespectadores podem fazer compras diretamente da tela da televisão, seja por meio de anúncios interativos ou de aplicativos integrados.

Segundo o Ministério das Comunicações, nenhum cidadão brasileiro precisará trocar de aparelho televisivo imediatamente para se adequar às mudanças. A implementação da TV 3.0 ocorrerá de forma gradual, seguindo um cronograma.

A fase preparatória da TV 3.0 deve ser concluída ainda em 2025, com previsão de início das primeiras transmissões até a Copa do Mundo de 2026, isto é, até o primeiro semestre do ano que vem.

O governo informou que a migração para TV 3.0 será realizada de modo escalonado, começando pelas grandes capitais. Também haverá um período de convivência entre os sistemas atual e novo. O governo federal projeta que todo o processo de transição deve durar até 15 anos.

Ao todo, a política recebeu investimentos da ordem de R$ 7,5 milhões. Segundo o Ministério das Comunicações, a melhora na eficiência da transmissão do serviço vai permitir a entrada de novos radiodifusores.

O evento foi acompanhado pelo ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Ele deixou o cargo após a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentar denúncia contra ele por envolvimento em um esquema de desvio de emendas parlamentares por meio da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).

Desafios

Para se adequarem ao novo sistema, as emissoras terão que arcar com os custos de migração, como licenciamento de tecnologia e aquisição de transmissores. Já os usuários terão que comprar conversores, cuja estimativa de preço atual é de R$ 400.

Para o Ministério das Comunicações, a projeção de valores ainda é prematura. Na avaliação do governo federal, os preços dos conversores devem cair com a evolução do mercado e o aumento da escala de produção.

Comunicação pública

O ministério também considera que a TV 3.0 deve melhorar a comunicação pública, já que a minuta do decreto prevê a criação da Plataforma Comum de Comunicação Pública e Governo Digital. O instrumento permitirá, futuramente, o acesso a serviços públicos diretamente pela televisão.

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