Sábado, 12 de julho de 2025

Governo pede novamente ao operador do sistema elétrico que reavalie o retorno do horário de verão

O Ministério de Minas e Energia (MME) pediu ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que reexamine a necessidade de um eventual retorno do horário de verão. Esta é a segunda vez que o Ministério de Minas e Energia pede estudos para avaliar eventual retorno do horário de verão, extinto pelo próprio governo Bolsonaro em 2019.

No ano passado, diante da crise energética, o governo já havia pedido para que o operador reavaliasse eventual retorno do horário de verão, mas, na época, o ONS não identificou benefícios relevantes.

Neste ano, o assunto voltou à tona este mês. Segundo o ONS, o pedido do governo aconteceu em uma reunião técnica, em 19 de agosto, para falar sobre as condições de atendimento da demanda de energia em 2022.

“Na ocasião, o ONS não apresentou nenhuma avaliação ou estudo sobre o Horário de Verão, todavia o MME solicitou uma reavaliação sobre o tema, tendo em vista o deslocamento da demanda máxima (que, atualmente, ocorre no meio da tarde) decorrente da crescente participação da geração solar distribuída [geração de energia elétrica no próprio local de consumo usando como fonte de energia o sol]”, diz o operador em nota.

“Observa-se que não há expectativa de adoção do horário de verão em 2022”, completa o ONS.

A demanda máxima é como é chamado o horário de pico, quando aumenta substancialmente o consumo de energia no país. O deslocamento abordado na nota consiste no fato de que antigamente, o horário de pico era à noite, mas nos últimos anos passou para o turno da tarde, com o crescente uso dos aparelhos de ar-condicionado, entre outros motivos.

Já o Ministério de Minas e Energia apenas disse, por meio de nota, que é “realizada constantemente a avaliação técnica das melhores medidas disponíveis, de acordo com o contexto energético vigente, a fim de manter a segurança energética e a modicidade tarifária ao consumidor brasileiro”.

Apoio popular

O horário de verão foi extinto por Bolsonaro em abril de 2019. O estudo usado como argumento pelo governo apontava que mudanças nos hábitos do consumidor e o avanço da tecnologia reduziram a relevância da economia de energia com a medida ao longo dos anos, principalmente pela popularização dos aparelhos de ar condicionado.

Recentemente, o presidente disse em entrevista que a falta de apoio popular seria um dos motivos que pesam contra a retomada da medida, já que, até o momento, ele vê que a maioria da população continua contrária à implementação do horário de verão.

Desde o ano passado, integrantes do segmento empresarial de turismo, alimentação e bebida têm solicitado a integrantes do governo o retorno do horário de verão.

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