Domingo, 16 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 15 de novembro de 2025
Os vírus da gripe e da covid-19 têm impulsionado o aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em São Paulo e Porto Alegre, segundo o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As duas capitais são as únicas que aparecem com nível de atividade de SRAG em alerta para risco ou alto risco entre o fim de outubro e o começo de novembro.
Em São Paulo, o aumento dos casos da síndrome está concentrado em jovens, adultos e idosos e é provocado principalmente pelo vírus influenza A, um dos quatro tipos causadores da gripe (A, B, C e D), e, entre os mais velhos, pelo SARS-CoV-2, responsável pela covid-19.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, de janeiro a outubro, foram registrados 3.209 casos de Srag por influenza e 1.137 casos de SRAG por covid-19 na cidade. A pasta afirma que realiza o monitoramento epidemiológico de forma contínua e não há alteração no padrão sazonal de influenza na capital.
No cenário estadual, São Paulo, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro registram aumento nas hospitalizações por influenza A, de acordo com a Fiocruz.
A análise observou também a manutenção do aumento das notificações de SRAG por covid-19 em São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Cenário nacional
Ao longo de 2025, foram notificados 207.852 casos de SRAG em todo o País, sendo 109.566 (52,7%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório.
Dentre os casos positivos, 39,5% foram causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR), 28,5% por rinovírus, 23,1% por influenza A, 8,3% por SARS-CoV-2 e 1,2% por influenza B. A incidência da síndrome é mais elevada entre crianças, enquanto a mortalidade se concentra principalmente nos idosos.
Até o momento, 12.358 pessoas morreram por SRAG, sendo que 6.306 (51%) apresentavam exames indicando vírus respiratório. Destes, 49% foram relacionados ao influenza A, 23,6% ao SARS-CoV-2, 14,6% ao rinovírus, 11,5% ao VSR e 1,8% ao influenza B.
Saiba mais
A síndrome respiratória aguda grave (SRAG) não é uma doença em si, mas uma complicação resultante de diferentes infecções por vírus, como covid-19. Outros vírus que podem levar ao desenvolvimento dessa condição incluem a: gripe (Influenza A e B), o sincicial respiratório – VSR que afeta principalmente crianças e idosos e pode causar bronquiolite, e adenovírus (vírus que provoca dor de garganta e resfriados, e pode atingir os pulmões)
Alguns dos sintomas mais comuns da síndrome respiratória aguda grave (SRAG) são:
• dificuldade para respirar
• sensação de peso no peito
• lábios com cor arroxeada (roxo)
• febre persistente
• perda de apetite
O tratamento da síndrome respiratória (SRAG) aguda grave depende do quanto a doença avançou, da saúde geral do(a) paciente e de outros fatores individuais. Uma das principais formas de prevenção à SRAG é vacinar-se contra doenças que podem levar a esse quadro, como a gripe e a covid-19.