Sexta-feira, 09 de maio de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 9 de maio de 2025
Um grupo político ligado a Jair Bolsonaro tem trabalhado para cacifar o senador Rogério Marinho (PL-RN) como alternativa para concorrer à Presidência em 2026.
O movimento tem sido capitaneado por um segmento de aliados que apresenta resistência ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), hoje principal cotado para a disputa. Inelegível, Bolsonaro não admite publicamente que tem planos alternativos para a disputa do Palácio do Planalto, mas, nos bastidores, sinaliza que suas opções seriam Tarcísio e Michelle Bolsonaro.
A ideia desse grupo, porém, é fazer com que Rogério Marinho surja como uma nova opção para o ex-presidente. Para esse grupo, Marinho seria mais alinhado e aberto ao comando de Bolsonaro do que Tarcísio. Além disso, como o senador está no meio de seu mandato parlamentar, ele não teria grandes perdas, caso não fosse eleito.
Integrantes da família do ex-presidente e assessores próximos, porém, avaliam que hoje não haveria espaço para outros nomes além de Michelle e Tarcísio. Não por acaso, eles são testados em todas as pesquisas do PL, além de Bolsonaro.
Pesquisa
Mesmo inelegível até 2030, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem a preferência dos eleitores frente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Estado de São Paulo. É o que mostra levantamento divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas na última quarta-feira (7).
Além de Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também superariam Lula em eventual disputa de primeiro turno se as eleições de 2026 fossem hoje.
No entanto, em um cenário sem Bolsonaro, Michelle e Tarcísio, Lula aparece a frente do segundo colocado, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD). Foram ouvidos 1.700 eleitores entre os dias 1º e 4 de maio no Estado de São Paulo. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Em junho de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível por oito anos. Na ocasião, a Corte Eleitoral entendeu que o ex-presidente havia cometido abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação ao fazer uma reunião com embaixadores, em julho de 2022, e atacar, sem provas, o sistema eleitoral.
Posteriormente, o ex-mandatário foi novamente condenado à inelegibilidade pelo TSE. Desta vez, por abuso de poder político e econômico durante as cerimônias do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022, em meio à campanha eleitoral. Com informações dos portais de notícias CNN Brasil e O Globo.