Domingo, 15 de junho de 2025

Grupo parlamentar critica postura do governo brasileiro em relação a guerra entre Irã e Israel

O grupo parlamentar Brasil – Israel, composto por senadores e deputados federais emitiu uma nota de indignação ao governo brasileiro e fazendo um gesto de solidariedade à Israel, em função dos ataques realizados pelo Irã.

“Causa indignação a postura do atual governo do Brasil, que, mais uma vez, escolhe se alinhar aos que disseminam o terror, em vez de se posicionar firmemente ao lado das nações livres e democráticas”, afirmou o texto.

A nota, assinada pelo senador Carlos Vianna (Podemos-MG), presidente do grupo, ainda aponta que o posicionamento do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva coloca em risco a população brasileira que tenta sair da zona de conflito.

“A posição do governo brasileiro, inclusive, prejudica e atrasa as negociações para a retirada das comitivas brasileiras que se encontram em solo israelense”, disse Vianna.

O senador ainda acusa o governo iraniano de ser o responsável pelo aumento das tensões contra Israel.

“A escalada da violência promovida pelo regime iraniano é mais uma postura agressiva de um regime religioso extremista ditatorial que ameaça a estabilidade internacional e a segurança do Oriente Médio”, afirmou Vianna.

Na quinta-feira, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel iniciou uma guerra e que receberá um “destino amargo”, após a Força Aérea Israelense realizar um ataque aéreo em direção ao Irã.

O ataque matou o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri, além de dois cientistas nucleares.

Entretanto, o grupo parlamentar entende que o governo israelense está apenas “protegendo sua população” e “o mundo de um regime que ameaça a liberdade, os direitos humanos e a democracia”, ao impedir o avanço do programa nuclear iraniano.

“Israel definiu claramente os alvos ao atingir bases militares e nucleares estratégicos do Irã. Com apoio internacional, as ações israelenses visam prevenir uma ameaça real e crescente: a possibilidade de o Irã desenvolver armamento nuclear em larga escala”.

Itamaraty avalia saída pela Jordânia

O Ministério das Relações Exteriores afirmou neste sábado (14) que monitora a situação das duas delegações de políticos brasileiros que cumpriam viagem oficial a Israel nesta semana – e ficaram “presas” no país com o fechamento do espaço aéreo e o agravamento da crise com o Irã.

Segundo o Itamaraty, a embaixada brasileira em Tel Aviv está em contato com as comitivas, e o ministério está em contato com o governo de Israel “para que ambos os grupos tenham garantias de segurança e possam retornar ao Brasil assim que as condições naquele país permitirem.”

A nota cita, também, a possibilidade de os grupos deixarem Israel por terra rumo à Jordânia, de onde poderiam embarcar de volta. O aeroporto internacional de Tel Aviv foi fechado na noite de quinta (12) e não há prazo previsto para a reabertura.

Autoridades brasileiras em Israel

Na noite de sexta-feira (13), a Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal fez um levantamento de todas as autoridades brasileiras que estão em zona de guerra e esperam por uma saída para conseguir voltar para o Brasil.

A comissão, presidida pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), ainda fez uma solicitação de apoio às Forças Aérea Brasileira (FAB), para repatriar esses brasileiros que estão em território israelense.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Operação Portugal: tudo sobre a prisão e soltura do ex-ministro de Bolsonaro suspeito de tramar fuga de Mauro Cid
Trump participa de desfile militar no dia de seu 79º aniversário e em meio a protestos em todo o país
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play