Sábado, 24 de maio de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 23 de maio de 2025
Em dois julgamentos populares realizados em Novo Hamburgo, sete homens foram condenados à prisão pelos assassinatos de dois DJs de Porto Alegre. As execuções foram cometidas no dia 1º de maio de 2020, no município do Vale do Sinos, tendo como motivação um desacerto relacionado a compra e venda de drogas.
No processo movido pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) consta que Leonardo Kologeski, 21 anos, e Diego Lafourcade, de 36, foram atraídos a um local conhecido como Estrada da Prainha, próximo ao bairro Lomba Grande, e mortos com vários tiros. A ordem para a emboscada havia partido de um detento do Presídio de Montenegro (Vale do Caí) e o outro da Cadeia Pública (antigo Presídio Central), na capital gaúcha.
A acusação do MPRS esteve a cargo dos promotores de Justiça Robson Barreiro, de Novo Hamburgo, e Francisco Lauenstein, designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) da instituição. Os júris estavam previstos para o final de janeiro, mas acabaram adiados devido a problemas técnico-processuais.
Com tais questões resolvidas, os acusados foram submetidos ao banco dos réus em duas diferentes sessões. Todos foram condenados por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe devido a desacerto envolvendo tráfico de drogas, além de emboscada e organização criminosa.
No júri mais recente, os dois mandantes foram condenados a 55 anos de cadeia cada um. Um terceiro réu, acusado de organização criminosa, foi absolvido. Já os outros cinco réus receberam sentença antes: são eles os dois atiradores (33 e 38 anos de reclusão), os dois responsáveis pelo transporte das vítimas (28 anos de cadeira para os dois) e um homem considerado intermediário do grupo (33 anos de prisão).
Região Central
Em Santa Maria (Região Central), um réu foi sentenciado a 17 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado e ameaça. O crime ocorreu no dia 1º de maio de 2024, no município de Silveira Martins (Centro-Oeste gaúcho), quando um homem foi morto durante encontro com a ex-companheira de seu algoz. A mulher conseguiu fugir.
A acusação do MPRS foi apresentada em plenário pela promotora de Justiça Caroline Mottecy Oliveira. Ela destacou a gravidade do crime, cometido em contexto de calamidade pública, quando a cidade enfrentava falta de energia elétrica e estradas interditadas, devido às enchentes.
O indivíduo se deslocou até um posto de combustíveis após suspeitar que sua ex-companheira estaria no local acompanhada do outro homem, de 31 anos. Este foi atingido por facada no tórax, morrendo na hora. A ex-companheira do homicida escapou, mas foi ameaçada de morte.
Capturado dias depois, o acusado permaneceu preso desde então e assim continuará. A vítima deixou esposa e três filhos menores de idade.
(Marcello Campos)