Sábado, 20 de abril de 2024

Guerra na Ucrânia: Kiev desliga um dos reatores da maior usina nuclear da Europa em meio a ataques

A Ucrânia comunicou neste sábado (06) que um dos reatores da central nuclear de Zaporizhzhia foi paralisado em meio aos ataques desta semana. A usina, que é a maior da Europa, foi ocupada por forças russas desde o início da guerra e ambas as partes trocam acusações de ataques a locais próximos. Nesta semana, o diretor da AIEA afirmou que a usina está completamente fora de controle e pede acesso imediato.

Em nota, a empresa ucraniana de energia atômica Energoatom informou que “devido ao ataque à central nuclear de Zaporizhzhia, o sistema de proteção de emergência foi acionado em um dos três reatores em funcionamento, que foi desativado”. Os bombardeios à central causaram “graves danos” a uma unidade de armazenamento de nitrogênio e oxigênio e a um “edifício anexo”. A central nuclear, no entanto, ainda está produzindo energia elétrica e ainda há funcionários ativos no local.

No dia em que a usina sofreu os ataques, o diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), Rafael Grossi, disse em entrevista à Associated Press que “todos os princípios de segurança nuclear foram violados” na planta. Grossi afirmou que a AIEA precisa ir a Zaporizhzhia, assim como fez em Chernobyl, para analisar o que realmente está acontecendo e realizar reparos e inspeções, para “evitar que um acidente nuclear aconteça”.

As autoridades ucranianas e russas vem trocando acusações desde julho, quando a Rússia acusou a Ucrânia de atacar com drones o território da central nuclear. Na última sexta-feira (05), a Ucrânia acusou as forças russas de três ataques perto de um reator da central de Zaporizhzhia, no sul do país, apesar de Moscou ter controle sobre a área desde o início da invasão em fevereiro. O exército russo respondeu dizendo que o ataque das forças ucranianas ao local provocaram um incêndio, que já foi controlado.

A captura russa de Zaporizhzhia renovou os temores de que o maior dos 15 reatores nucleares da Ucrânia possa ser danificado, desencadeando outra emergência como o acidente de Chernobyl em 1986, o pior desastre nuclear do mundo, que aconteceu cerca de 110 km ao norte da capital Kiev.

As forças russas ocuparam Chernobyl logo após a invasão, mas devolveram o controle aos ucranianos no final de março. Grossi visitou a usina em 27 de abril e twittou que o nível de segurança era “como uma ‘luz vermelha’ piscando”. Mas a AIEA conseguiu montar “uma missão de assistência em Chernobyl na época que tem sido muito, muito bem-sucedida até agora”.

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