Quinta-feira, 05 de dezembro de 2024

Há dificuldade para conseguir um nome, diz o vice-presidente Hamilton Mourão sobre a presidência da Petrobras

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) falou nesta quarta-feira (06) sobre o processo de escolha de novos nomes para indicar à presidência e à presidência do conselho da Petrobras, após a desistência dos primeiros indicados pelo governo federal.

Ele afirmou que está vendo “dificuldade para conseguir um nome”. Nesse cenário, Mourão disse que seria possível ocorrer um adiamento da assembleia-geral de acionistas da empresa, prevista para o dia 13 de abril, até que surja um novo indicado.

“Até porque existe um período de análise desses nomes, então, vamos ver o que pode acontecer”, avaliou. Mourão também foi questionado sobre a possibilidade do atual secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Caio Mario Paes de Andrade, ser indicado para a presidência da estatal.

“O Caio eu conheço, tem feio um excelente trabalho nessa parte de desburocratização. Mas, vamos ver o que que pode progredir disso aí porque, na realidade, ele não tem experiência nessa área de óleo e gás”, afirmou.

Ele disse que o secretário possui experiência como gestor, mas não no setor em que a Petrobras atua, e que as regras da estatal dificultam trazer alguém sem essa experiência específica.

Para o vice-presidente, essa demanda é importante, já que indicar alguém sem conhecimento do setor seria “a mesma coisa que você colocar um advogado para comandar um exército. Vai dar problema”.

Na terça-feira (05), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criticou as regras atuais ligadas à indicação para cargos na Petrobras, reunidas na chamada Lei das Estatais.

Segundo ele, a formatação da lei impede que um “nome do mercado” assuma o comando da estatal. Ao falar da desistência de Adriano Pires para a indicação à presidência, Lira disse que “você não pode partir da premissa de que um cara, porque dá assessoria no ramo privado, é uma empresa privada”.

“A regra é difícil de ser cumprida porque ela foi feita para isso. Para travar a Petrobras. Para ela se tornar isso que é hoje, causando esse inconveniente para todo o Brasil”. Nesse sentido, o deputado defendeu que há uma “necessidade clara” de o Congresso debater a possibilidade de alterar alguns pontos da Lei das Estatais, e também tratar da possibilidade de privatizar a Petrobras.

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