Sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Hamas ameaça matar refém após tropas israelenses cercarem cativeiro em Gaza

O grupo terrorista Hamas ameaçou matar um refém israelense após tropas do Exército de Israel terem cercado o cativeiro em que ele está sendo mantido, na Faixa de Gaza, afirmou um porta-voz do grupo neste sábado (7).

Diante do cerco militar, o comunicado divulgado pelo Hamas alertou “de forma categórica” que Matan Zangauker, de 24 anos, “não será resgatado com vida” por Israel.

O grupo terrorista palestino afirma que Zangauker, sequestrado durante o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, está vivo. “Caso esse prisioneiro seja morto durante uma tentativa de resgate, será o exército de ocupação o responsável por sua morte”, afirmou em comunicado. A alegação, no entanto, é impossível de ser checada.

O governo israelense não se pronunciou oficialmente sobre o comunicado do Hamas até a última atualização desta reportagem. O Hamas disse, em setembro de 2024, que mataria reféns que Israel tentasse resgatar. Segundo o grupo, uma nova ordem dada aos guardas era de executar os cativos em caso de operações desse tipo.

Zangauker apareceu vivo em um vídeo divulgado pelo Hamas em dezembro de 2024. No vídeo, o refém aparece implorando ao governo israelense para fechar um acordo de cessar-fogo para o trazer de volta junto com outros reféns mantidos pelo grupo em Gaza.

Na época, um acordo era negociado entre as partes com a mediação de Catar, Estados Unidos e Egito. Uma trégua com libertação de reféns foi acordada em 15 de janeiro, mas Zangauker não esteve entre os israelenses liberados.

A ameaça do grupo terrorista palestino ocorre no mesmo dia em que tropas israelenses recuperaram o corpo de um refém tailandês em Gaza, e dois dias depois de recuperar os cadáveres de dois cativos israelenses. O Exército de Israel não especificou como os retomou. Leia mais abaixo.

Das 251 pessoas sequestradas pelo Hamas durante o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, Israel acredita que 55 continuam em cativeiro em Gaza, e acredita que pelo menos 32 estejam mortas. Além dos reféns, o grupo terrorista também matou mais de 1.200 israelenses no ataque em território israelense que deu início à guerra.

Corpos de reféns recuperados

Israel recuperou os corpos de dois reféns israelenses na quinta-feira (5), e o cadáver de um refém tailandês neste sábado.

Segundo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, Judy Weinstein-Haggai e Gad Haggai, ambos de nacionalidade israelense-americana, foram mortos pelo Hamas e tiveram seus corpos sequestrados durante o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, quando o grupo invadiu o território israelense e deixou mais de 1.200 mortos e levou cerca de 250 reféns para Gaza.

Seus corpos foram recuperados em uma operação especial coordenada pelo Exército e pela agência de segurança interna Shin Bet, segundo Netanyahu. O comunicado do premiê não especifica o dia em que as tropas israelenses recuperaram os cadáveres nem as circunstâncias.

O premiê Netanyahu reiterou seus votos de resgatar todos os reféns israelenses, vivos e mortos. Já o corpo de Nattapong Pinta foi recuperado pelas tropas de Israel em Rafah, no sul de Gaza. O governo tailandês lamentou a morte do homem, que estava sendo mantido em cativeiro pela Brigada Mujahidin, aliada do Hamas.

Gad Haggai, que tinha 72 anos quando foi assassinado, era “um homem de espírito dinâmico, muito ligado à terra”, e sua esposa Judy Weinstein-Haggai, 70 anos, era “professora de inglês especializada em crianças com necessidades especiais”, segundo o kibbutz Nir Oz, comunidade agrícola no sudeste de Israel e próxima a Gaza, onde eles moravam.

O anúncio da recuperação dos corpos do casal Haggai ocorre em meio a uma nova ofensiva terrestre de Israel na Faixa de Gaza e crescentes críticas ao governo israelense à crise humanitária cada vez mais acentuada enfrentada pelos palestinos, com entregas caóticas de ajuda humanitária.

Israel e Hamas recusaram recentemente propostas de cessar-fogo com retorno de reféns feitas pelos Estados Unidos, por diferentes razões.

O ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023 desencadeou uma guerra entre Israel e o grupo na Faixa de Gaza. O governo israelense busca o retorno de todos os reféns e a eliminação do grupo terrorista. Desde então, mais de 54 mil palestinos morreram, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela ONU (Organização das Nações Unidas).

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