Quinta-feira, 07 de agosto de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 7 de agosto de 2025
Um homem acusado de matar o avô e a companheira do idoso em Cachoeirinha, em 2022, foi condenado pelo Tribunal do Júri a 52 anos, 5 meses e 10 dias de prisão, mais 1 ano, 5 meses e 8 dias de detenção, pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, maus-tratos aos animais e resistência à prisão.
O julgamento, presidido pelo juiz Márcio Luciano Rossi Barbieri Homem, da 1ª Vara Criminal de Cachoeirinha, terminou por volta das 22h de quarta-feira (6). Conforme decisão do Conselho de Sentença, houve o afastamento da inimputabilidade do réu, que está internado no Instituto Psiquiátrico Forense e deverá ser encaminhado ao sistema prisional. A mãe do condenado, que também figurava como ré no processo, morreu em março deste ano.
Durante o julgamento, foram ouvidas oito testemunhas: sete arroladas pela acusação e uma pela defesa. Em seguida, houve o interrogatório do réu, que negou participação no crime, mas assumiu que esteve presente na ocultação dos cadáveres. O Conselho de Sentença era formado por seis homens e uma mulher.
Segundo o MP (Ministério Público), mãe e filho se dirigiram à residência das vítimas, localizada na Vila Carlos Antônio, em 27 de fevereiro de 2022, onde cometeram o duplo homicídio. Após o crime, conforme a denúncia, eles obstruíram a entrada da garagem com colchões e colocaram os corpos dentro de um carro, ocultando-os posteriormente. Os cadáveres nunca foram encontrados.
O avô tinha 85 anos, e a companheira dele, 53. A cachorra do casal também foi morta. Em colaboração premiada, o réu apontou que os corpos das vítimas teriam sido queimados na churrasqueira da casa dos acusados. Cabe recurso da condenação. Os assassinatos teriam sido praticados por motivações financeiras.