Quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 16 de dezembro de 2025
Após sucessivos recordes nas últimas semanas, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda nesta terça-feira (16), abaixo dos 160 mil pontos. A bolsa caiu 2,40%, aos 158.578 pontos. O dólar fechou em alta de 0,73%, cotado a R$ 5,4624.
No Brasil, a principal notícia foi a pesquisa Quaest de intenção de voto, que apontou vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em todos os cenários de 1º e 2º turno para a eleição presidencial de 2026.
O presidente Lula lidera com 46% das intenções contra 36% de Flávio Bolsonaro (PL) em um cenário de 2º turno. Contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), o petista teria 45% a 35%.
Também nesta terça, a ata do Copom reforçou a perspectiva de juros elevados no país por mais tempo. O documento reforçou sinais de desaceleração da atividade e queda da inflação, mas não indicou quando poderá começar a reduzir a taxa básica, a Selic.
“Há um receio em relação à inflação, porque ainda não há certeza de que os índices de longo prazo estão arrefecendo, e o mercado de trabalho segue aquecido, sem nenhum indício de que está enfraquecendo”, diz Lauro Sawamura Kubo, gestor de fundos de investimento da Patagônia Capital.
Nos EUA, o relatório de empregos veio mais forte que o esperado e ajudou a reduzir as apostas em corte de juros por lá em janeiro. O payroll mostrou criação de 64 mil vagas em novembro, contra a expectativa de aumento de cerca de 50 mil postos. O dado veio após um tombo expressivo em outubro.
Bolsas globais
Os principais índices de Wall Street caíam na abertura desta terça-feira depois que os dados sinalizaram o esfriamento da economia dos Estados Unidos, abrindo caminho para mais afrouxamento monetário pelo Federal Reserve no próximo ano.
O Dow Jones Industrial Average caía 0,08% na abertura, para 48.380,17 pontos. O S&P 500 recuava 0,24%, a 6.800,12 pontos, enquanto a Nasdaq Composite tinha queda de 0,33%, para 22.981,819 pontos.
As bolsas europeias operavam com leve alta, apoiadas por ganhos nos setores financeiro e de saúde, enquanto quedas em tecnologia e defesa limitaram o avanço.
Por volta das 9h15, o índice Stoxx 600 subia 0,2%, a 583,39 pontos. Entre os principais mercados, o DAX da Alemanha avançava 0,07%, o FTSE 100 do Reino Unido ganhava 0,03%, o CAC 40 da França tinha alta de 0,29% e o FTSE MIB da Itália subia 0,19%.
Os mercados asiáticos fecharam em queda, pressionados pelo nervosismo antes da divulgação dos dados econômicos dos EUA e por sinais de fragilidade na economia chinesa.
Além disso, o setor imobiliário voltou a pesar, enquanto ações ligadas à nova energia e inteligência artificial também recuaram. Analistas afirmam que o mercado precisa de estímulos mais fortes para retomar a alta.
No fechamento, em Hong Kong, o Hang Seng recuou 1,54%, a 25.235 pontos, enquanto em Xangai o SSEC perdeu 1,11%, a 3.824 pontos, e o CSI300 caiu 1,20%, a 4.497 pontos. No Japão, o Nikkei 1,6%, a 49.373 pontos.
Outros mercados também tiveram baixa: Seul (-2,24%), Taiwan (-1,19%) e Cingapura (-0,20%).