Terça-feira, 30 de setembro de 2025

Ibovespa renova máxima histórica; dólar encerra estável

O Ibovespa renovou máxima histórica durante esta terça-feira (30), tendo bancos entre os principais suportes, mas perdeu o fôlego como reflexo de realização de lucros, com Petrobras entre as maiores pressões negativas, em meio ao declínio do petróleo no exterior.

O índice referência do mercado acionário brasileiro fechou em baixa de 0,07%, a 146.237,02 pontos, após marcar 147.578,39 pontos no melhor momento, novo topo intradia. No mês de setembro, o Ibovespa acumulou alta de 3,37%. Já no trimestre, a alta do índice foi de 5,28%.

Enquanto o dólar fechou praticamente estável no Brasil, influenciado por um lado pela disputa pela formação da Ptax de fim de mês e por outro pelo recuo da moeda norte-americana no exterior, em meio ao temor de paralisação parcial do governo dos EUA.

Calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros tentam direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa).

A moeda americana à vista fechou em leve alta de 0,06%, aos R$ 5,3228 na venda. No mês de setembro, o dólar acumulou baixa de 1,94% frente ao real, enquanto no trimestre, a variação negativa foi de 1,98%.

“De um lado, a disputa técnica pela formação da Ptax de fim de mês e trimestre intensificou a volatilidade do dólar, com comprados e vendidos travando posições para reduzir perdas. Do outro, o ambiente externo seguiu favorável às moedas emergentes: o risco de paralisação do governo americano, a perspectiva de novos cortes de juros pelo Fed e sinais de contínuos de fraqueza no mercado de trabalho nos EUA enfraqueceram a divisa no exterior”, afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

No exterior, investidores se mantêm atentos às negociações sobre o Orçamento dos EUA. O Senado, controlado pelos republicanos, deve votar um projeto de lei de gastos temporários que não foi aprovado em uma tentativa anterior, sem nenhum sinal de que uma segunda votação terá sucesso.

A falta de acordo conduzia a busca pela segurança dos Treasuries, pesando sobre os rendimentos dos títulos, e a queda do dólar ante a maior parte das demais divisas globais. Ainda assim, no Brasil o dólar se manteve perto da estabilidade ante o real.

À tarde, em uma indicação de que o acordo sobre o Orçamento não parece próximo, o presidente dos EUA, Donald Trump, advertiu os democratas que permitir a paralisação do governo federal à meia-noite daria a sua administração a oportunidade de tomar medidas “irreversíveis”, incluindo o encerramento de programas importantes para eles.

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