Por Redação do Jornal O Sul | 30 de abril de 2025
A política tarifária imposta pelo governo dos Estados Unidos, o problema das contas públicas que provocam aumento da inflação e dos juros no Brasil e a estiagem que afeta o Rio Grande do Sul depois das enchentes de 2024 impactarão o crescimento econômico do País e do Estado em 2025.
A conclusão é de um estudo da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul). “Diferentes elementos surgiram desde o final do ano passado, fazendo com que a incerteza quanto ao futuro da economia aumentasse de forma considerável”, afirmou o presidente da entidade, Claudio Bier.
Para o Rio Grande do Sul, a Fiergs estima uma forte redução na alta do PIB, passando de 3,3% para 2,2%, em razão, principalmente, da revisão no desempenho esperado da agropecuária, que teve uma inversão completa. Pela projeção anterior, cresceria 2,1%. Agora, a previsão é por uma queda de 5,2%.
No setor de serviços, a projeção foi modificada de 3,5% para 2,8%, em função dos resultados negativos registrados nos primeiros meses de 2025. Já para a indústria, a expectativa pouco se alterou, com a projeção de aumento passando de 3,2% para 3,1%.
A produção industrial gaúcha cresceu 3,5% no primeiro bimestre de 2025 frente ao mesmo período do ano passado. As exportações não devem ser um grande vetor de crescimento da indústria do RS, fechando o ano em US$ 16,1 bilhões, patamar próximo ao verificado em 2024.
Cenário nacional
No cenário nacional, é esperada uma desaceleração no avanço da atividade econômica em relação a 2024. Segundo a Fiergs, a economia segue impactada pela instabilidade no cenário internacional, pela política monetária restritiva e inflação persistente, mas, principalmente, pela elevada incerteza nas contas públicas.
A projeção para o crescimento do PIB no Brasil em 2025, porém, continua mantida em 2,1%, apenas com ajustes na composição setorial.
