Sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Infância roubada: o silêncio que precisamos romper

Não podemos mais ignorar: existe um movimento silencioso e constante que tenta roubar das nossas crianças aquilo que têm de mais precioso: a inocência.

A infância não pode ser abreviada, distorcida ou transformada em palco para agendas que estimulam a sexualização precoce e a adultização de meninos e meninas.

Quando falamos em sexualização infantil, não é exagero ou paranoia. Falamos de roupas, maquiagens e conteúdos que erotizam corpos ainda em desenvolvimento. De músicas, vídeos e propagandas que transformam crianças em miniaturas de adultos.

Adultizar não é preparar para o futuro, é roubar o presente, tirar a chance de viver o brincar, a imaginação e a curiosidade pura. Essa guerra silenciosa não vem só de criminosos nas ruas ou na internet. Ela se disfarça de “arte”, “moda” ou “liberdade de expressão”, movimentando uma cadeia criminosa que lucra com a inocência.

A exposição sexual precoce aumenta o risco de abuso, exploração e danos psicológicos duradouros. Criança exposta à erotização antes da hora é mais vulnerável.

Não é conservadorismo, é proteção. Não se trata de impedir que conheçam o mundo, mas de garantir que vivam cada etapa na hora certa, de forma saudável e segura. Desenvolvimento emocional, cognitivo e sexual têm tempos próprios que precisam ser respeitados.

É nossa função ser filtro, escudo e voz. Orientar, ensinar e repassar valores, sem permitir que ideologias, modas e direcionamentos ditem o que nossos filhos vestem, assistem ou repetem. Silenciar é ser cúmplice.

Criança não namora. Não paquera. Não posa sensualmente. Não troca de sexo. Criança brinca, aprende, sonha e precisa de proteção.

Por isso, deixo um chamado: que sejamos guardiões da infância. Que não tenhamos medo de denunciar práticas que atentem contra a dignidade de meninos e meninas. O futuro de uma sociedade se constrói na forma como tratamos nossas crianças hoje.

Se queremos um amanhã saudável e humano, precisamos garantir que vivam plenamente a infância: livre de pressões, erotização e exploração. A infância é curta demais para ser roubada. É hora de defendê-la com todas as forças!

* Comandante Nádia Gerhard

 

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