Quinta-feira, 24 de abril de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 8 de abril de 2022
Uma influenciadora digital de Praia Grande, no litoral de São Paulo, compartilhou com seus seguidores o momento em que enganava um entregador e pagava um lanche com dinheiro falso.
A jovem pediu diversos itens do cardápio e utilizou uma nota de R$ 100 que, na verdade, era de mentira. Ela usou o próprio perfil para “se gabar” do feito. A história viralizou e gerou revolta entre colegas do profissional e outros internautas.
No vídeo postado pela jovem, que soma mais de 10 mil seguidores em seu perfil em uma rede social, ela apresenta o combo de lanches que comprou, mostrando que estava com outras pessoas no momento da gravação, e diz:
“Gente, nós somos muito olho gordo, né. Aí gente, vocês não sabem o que a gente fez. Nós tínhamos uma nota falsa, né, de R$ 100, aí, a gente estava com a maior fome. Aí, falamos: ‘vamos tentar passar essa nota falsa, e falamos vamos. Aí, tá bom, pedimos o lanche, que deu R$ 94, sobrou R$ 5, e deu certo, a nota falsa e tudo isso de lanche, nem aguentamos comer tudo”, relata rindo.
Endereço falso
Em seguida, ela ainda acrescenta que não sabia se iria dar certo, e que, por isso, não colocou o endereço de sua casa na entrega, mas o da esquina, para que o motoboy não a localizasse, caso notasse que a nota não era verdadeira. “Nossa, já pensou, o motoboy me segue?”, finaliza rindo.
Após o episódio, um outro entregador, que não foi a vítima do caso, recebeu as imagens postadas pela blogueira e fez uma postagem em seu perfil, dizendo que estava indignado com a atitude dela. “Essa história começou porque tenho um grupo de motoboys, porque também sou, e um parceiro nosso postou. Aí, assisti o vídeo e fiquei indignado, porque a gente que é motoboy está na luta todo dia aí, tentando ganhar o pão de cada dia, aí vem uma pilantra dessa e passa nota falsa”, lamenta.
A postagem do entregador que se solidarizou com o colega teve mais de 4,5 mil compartilhamentos nas redes sociais, e gerou muitas críticas à blogueira, que chegou a tirar sua foto da conta pessoal e a desativar um de seus perfis após a repercussão.
Procurada, ela afirmou que não quer se posicionar sobre o ocorrido, pois “já colocou uma pedra no assunto e já pagou ao motoboy”.
Crime
Segundo a Polícia Federal, as notas de R$ 100 respondem por mais de 40% das falsificações no Brasil, enquanto as notas de R$ 50 ficam pouco atrás, com 37%. “Geralmente essas notas são passadas em locais de grande concentração de pessoas, como feiras, lojas, supermercados e comércios ambulantes”, informa a PF.
A principal dica aos comerciantes é não se apressar na hora do atendimento. É importante que denunciar casos de repasse de dinheiro falso para que o golpista seja localizado e encaminhado ao órgão competente, no caso a Polícia Civil ou a Polícia Federal. O crime de falsificação de moeda está previsto no Código Penal, artigo 289, e a pena pode variar de três anos a 12 anos de reclusão.