Segunda-feira, 07 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 6 de julho de 2025
O inquérito das joias, que resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro e de outros envolvidos, completou recentemente um ano parado na PGR — e assim ficará por mais algum tempo. Com o avanço do julgamento do ex-presidente e outros integrantes do governo passado que se envolveram na trama golpista, a procuradoria deixou em segundo plano a investigação que mostrou como Mauro Cid vendeu presentes diplomáticos recebidos pelo ex-presidente durante o mandato.
Ao analisar o caso, o TCU considerou que Bolsonaro poderia vender as joias. O tribunal entendeu que presentes pessoais não são patrimônio público. O entendimento, no entanto, não é o mesmo do Supremo, que mandou as
investigações seguirem.
Em 4 de julho do ano passado, a PF indiciou Bolsonaro, Cid e outros investigados pelos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
As provas colhidas pelos investigadores foram então enviadas ao gabinete de Paulo Gonet, que até hoje não decidiu se arquiva o caso, reconhecendo que não há crime na venda das joias, ou se denuncia Bolsonaro ao STF pelos crimes
apontados pela PF.
Saúde de Bolsonaro
Aliados da família Bolsonaro afirmam que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) está fragilizada com o estado de saúde de Jair Bolsonaro (PL) e se preocupa com resistência do ex-presidente em seguir à risca o tratamento médico.
Michelle teria se emocionado pelo menos duas vezes ao falar de Bolsonaro e da família durante uma reunião em Guarulhos, na noite de sexta-feira (4/7). Neste sábado (5/6), ela comandou um encontro do PL Mulher na cidade paulista.
Apesar da recomendação médica para não falar e permanecer deitado, Bolsonaro, que estava em Brasília, participou do evento por vídeo chamada.
“Eu tinha falado com meu marido que não era para ele falar, mas ele tá agoniado lá em casa querendo entrar”, disse Michelle antes do início da chamada que foi transmitida em um telão.
Em frente ao público, a ex-primeira-dama ainda pediu para Bolsonaro, que estava caminhando pela casa do casal, não esquecer de tomar o seu remédio.
A resistência do ex-presidente em aderir ao tratamento também preocupa o líder nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que relatou a resistência de Bolsonaro em ficar em casa. “Ele [Bolsonaro] falou para mim: ‘Então, vou lá [no partido] falar com você ’. Eu falei: ‘Não, eu vou na tua casa”. Ele falou: ‘Não, eu quero ir no partido’”. As informações são dos portais Veja e Metrópoles.