Por Redação do Jornal O Sul | 17 de setembro de 2025
O Inter decidiu reforçar a segurança no Centro de Treinamento Parque Gigante, em Porto Alegre, após um episódio preocupante ocorrido na manhã de terça-feira, 16 de setembro. Cerca de 17 integrantes da torcida organizada Camisa 12 invadiram as dependências do CT em protesto contra o desempenho do time, que vive uma fase conturbada na temporada.
Segundo informações divulgadas pelo clube e pela imprensa, os torcedores conseguiram acessar áreas restritas do centro de treinamento antes da chegada da Brigada Militar. Embora não tenha havido agressões físicas, o ato foi considerado grave pela diretoria colorada, que classificou a invasão como uma ameaça à integridade dos profissionais e ao patrimônio do clube.
Em resposta ao ocorrido, o Internacional emitiu uma nota oficial repudiando veementemente a ação dos torcedores. O clube afirmou que os invasores serão identificados e punidos, e que medidas legais estão sendo tomadas para responsabilizá-los. Além disso, a segurança do CT foi imediatamente reforçada, com a presença de agentes da Brigada Militar e vigilância privada intensificada.
Dirigentes como José Olavo Bisol e Andrés D’Alessandro, atual coordenador técnico do clube, estiveram presentes no momento da invasão e tentaram dialogar com os torcedores até a chegada da polícia. A situação foi controlada sem maiores incidentes, mas deixou claro o clima de tensão que ronda o Beira-Rio.
O protesto da torcida reflete o momento delicado vivido pelo Internacional. A equipe acumula sete derrotas nos últimos dez jogos e ocupa apenas a 12ª colocação no Campeonato Brasileiro. A goleada sofrida por 4 a 1 diante do Palmeiras, na última rodada, intensificou a pressão sobre o técnico Roger Machado e aumentou a insatisfação da torcida.
A proximidade do clássico Gre-Nal 448, marcado para o próximo domingo (21), adiciona ainda mais tensão ao ambiente. O confronto contra o arquirrival Grêmio é visto como decisivo para a recuperação da equipe e para a permanência da comissão técnica.
Além do reforço na segurança, o clube estuda implementar novas barreiras físicas e protocolos de acesso ao CT Parque Gigante, visando garantir a proteção dos atletas, funcionários e comissão técnica. A diretoria também pretende intensificar o diálogo com as torcidas organizadas, mas deixou claro que não tolerará atos de invasão ou intimidação.
O episódio reacende o debate sobre os limites da atuação das torcidas organizadas e a necessidade de garantir ambientes seguros para o trabalho dos profissionais do futebol. O Internacional, por sua vez, tenta virar a página e focar na preparação para o Gre-Nal, que pode ser um divisor de águas na temporada.
