Quinta-feira, 31 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 30 de julho de 2025
Nesta quarta-feira (30), Inter e Fluminense iniciam mais um capítulo de uma rivalidade marcada por emoção, polêmica e memória afetiva. O duelo pelas oitavas de final da Copa do Brasil de 2025 traz à tona uma das decisões mais emblemáticas da história da competição: a final de 1992, vencida pelo Colorado em circunstâncias dramáticas e controversas.
Naquela edição, o Fluminense buscava seu primeiro título nacional, enquanto o Inter sonhava com a glória inédita na Copa do Brasil. O primeiro jogo, disputado nas Laranjeiras, terminou com vitória tricolor por 2 a 1, com gols de Wagner e Ézio. O gol fora de casa marcado por Caíco que manteve o Inter vivo na disputa.
Três dias depois, no Beira-Rio, mais de 32 mil torcedores empurraram o Colorado em busca da virada. O jogo se arrastava tenso até os 43 minutos do segundo tempo, quando o árbitro José Aparecido de Oliveira marcou um pênalti polêmico após falta na área. Célio Silva, com seu chute potente, converteu e garantiu o título ao Inter pelo critério do gol qualificado.
O lance do pênalti é lembrado até hoje com amargura pelos tricolores, que acusaram interferência da arbitragem. Já os colorados celebraram a persistência de um elenco que se recusou a desistir. A final de 1992 permanece como uma das mais debatidas da história da Copa do Brasil.
A equipe campeã do Inter contava com nomes como Fernández, Célio Silva, Pinga, Gérson e Caíco. O título projetou o clube nacionalmente e abriu caminho para campanhas mais consistentes nas décadas seguintes.
Mais de três décadas depois, os clubes voltam a se enfrentar em mata-mata. O jogo de ida acontece novamente no Beira-Rio, e a volta será no Maracanã, palco da decisão. A nova geração de atletas carrega, ainda que indiretamente, o peso simbólico daquele confronto histórico.