Terça-feira, 30 de dezembro de 2025

Intimidação do BC pode não impedir vazamentos

Tentativa de intimidar o liquidante do Banco Master nomeado pelo Banco Central reforça expectativas de suposta “lista” de autoridades ligadas a negócios do banqueiro Daniel Vorcaro ou por ele beneficiadas. O temor é que Eduardo Félix Bianchini, funcionário de carreira do BC, liquidante do Master, informe seus achados à cúpula do BC ou, pior, que os vaze à imprensa. Nesse vale-tudo, a defesa de Vorcaro “acusa” o BC de usar Bianchini para obter informações do Master, tal o temor de vazamentos.

Naufrágio inevitável
“Parece a velha piada do náufrago que não tem dedos suficientes para tapar os muitos buracos no casco”, ironiza um ex-secretário do Tesouro.

Buraco no casco 1
Os segredos do Master poderiam surgir da quebra de sigilo na CPMI do INSS, mas Dias Toffoli impediu o acesso dos parlamentares aos dados.

Buraco no casco 2
A pedido dos investigados, o STF ordenou acareação de Ailton Aquino Santos, diretor de Fiscalização do BC, com aqueles que investigou.

Buraco no casco 3
No TCU, o ministro Jhonatan Santos também estaria agindo, segundo fontes do BC, para restringir a atuação de auditores nessa área.

Sob Lula, dívida pública fecha ano em R$10 trilhões
Pela primeira vez na História, o governo federal vai fechar o ano com a dívida pública acima dos R$ 10 trilhões. Ou seja, sob a batuta de Lula e cia., a dívida astronômica do setor público brasileiro supera, em 2025, o Produto Interno Bruto de 180 países, segundo dados do Banco Central. Para piorar, a dívida do governo brasileiro representa quase 80% do PIB nacional e, segundo projeção do Instituto Fiscal Independente (IFI) do Senado, o comprometimento do PIB deve superar os 82% em 2026.

Buraco federal
A “Dívida Bruta do Governo Geral” inclui também governos municipais e estaduais, mas o governo federal é responsável por 80% do rombo.

Doença crônica
Diretor do IFI, Marcus Pestana compara gastos do governo federal com doença crônica: “O desequilíbrio contamina e limita o horizonte do País”.

Por ‘fora’
A oposição lembra: em só três anos, Lula torrou R$ 324,3 bilhões fora do teto das regras fiscais, inclusive aquelas que ele e seu governo criaram.

Bagagem tem
Eduardo Bianchini, funcionário de carreira do BC liquidante do Master, tem experiência no assunto: também foi nomeado liquidante da “Um Investimentos S/A”, corretora liquidada pelo Banco Central em 2019.

Anota aí
Os salários dos servidores públicos do governo federal custam mais de R$ 416 bilhões por ano aos pagadores de impostos. O valor é 50% a mais que tudo distribuído pelo governo a título de Bolsa Família e BPC.

Agora vai?
Marcel van Hattem (Novo-RS) protocolou ontem pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes, assinado por mais de 50 parlamentares, por crime de responsabilidade do ministro do STF no caso do Banco Master.

Detalhe
O novo pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes feito ao Senado pelo envolvimento no caso Master, pede a perda do cargo do ministro e “inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública”.

Espera sentado
Em 2019, início do governo Bolsonaro, os Correios anunciaram programa de demissão voluntária para 7,3 mil empregados. Só 4,8 mil aderiram. Agora, sob o PT, diz que vai “estimular” 15 mil demissões em dois anos…

Lógica ao contrário
O governo Fátima Bezerra (PT) vai pagar R$500/mês por até um ano a menores que cumpram “medidas socioeducativas” no Rio Grande do Norte. Diz que não é bolsa crime, nem incentivo ao crime, mas a grana é exclusiva para infratores. Quem não é menor infrator, não ganha bolsa.

Crime organizado
O senador Rogério Marinho (PL-RN) alerta para o avanço de facções no Rio Grande do Norte, que agora paga “bolsa” exclusiva para menores infratores. O número de presos faccionados cresceu 222% só em 2025.

Abrasileirado
Envolve até Tim Waltz, candidato derrotado a vice na chapa de Kamala Harris, o desvio de bilhões de dólares para creches, nos EUA. Parece até desconto associativo do INSS no Brasil: “creches” foram criadas, sem funcionários e sem atender crianças, receberam bilhões… e tudo sumiu.

Pensando bem…
…prejuízo em estatal no Brasil não é incompetência, é meta.

Poder sem Pudor

Existe jantar grátis
O falecido deputado Maurício Fruet (PR) era mesmo um gozador. Nomeado prefeito de Curitiba em 1983, ele cedeu a vaga na Câmara ao suplente Dílson Vanchin, marinheiro de primeira viagem. Fruet aplicou-lhe uma “peça”, dizendo que era praxe vender tudo o que havia no gabinete. Vanchin nem desconfiou dos valores irrisórios que pagou. Contou a amigos: “Dizem que o Fruet é esperto. Que nada! Fiz o melhor negócio da vida!”. Convidado para um jantar com a bancada, na despedida de Fruet, Vanchin soube então que o dinheiro era para pagar a conta do restaurante…

Cláudio Humberto

@diariodopoder

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