Terça-feira, 01 de julho de 2025

Intriga “mofou” a relação entre o presidente da Câmara dos Deputados e o ministro da Fazenda

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, chegou a reclamar com a ministra Gleisi Hoffmann de críticas que o titular do Ministério da Fazenda, Fernando Haddad, teria feito a ele como presidente da Câmara. Uma delas a de que o ministro, em uma reunião na semana retrasada, promovida em São Paulo pelo grupo Prerrogativas, teria dito que, no tempo de Arthur Lira, a palavra empenhada pelo presidente da Câmara valia mais. Outra que Motta seria “infantil”.

Haddad chegou a procurar Motta, por áudio de WhatsApp, para negar. Motta ignorou o chamado.

O fato é que a tal crítica se espalhou pelo Centrão como verdade absoluta, apesar de cada uma das cabeças coroadas do Centrão contar a história de modo diferente — seja em relação a ocasião em que Haddad teria proferido a tal crítica, seja em relação a crítica propriamente dita.

Ninguém é capaz de dizer onde e quando Haddad teria criticado Motta. Mas a intriga virou uma verdade absoluta para o Centrão.

Haddad já disse a interlocutores que a tal reunião do Prerrogativas foi gravada. E não há crítica a Motta. Mas o presidente da Câmara continua repetindo que esse episódio é um dos motivos de desgaste na relação entre ambos.

IOF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na última sexta-feira (27) que não consegue entender o que aconteceu depois da reunião feita com parlamentares no domingo de 9 de junho, em referência à decisão do Congresso de aprovar a derrubada do decreto sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

“Eu saí de lá com a sensação de que estava 100% resolvido o encaminhamento tanto da medida provisória quando do decreto de IOF. E não fui o único que saiu com essa sensação. O que aconteceu depois, eu não sei, eu não consigo entender”, afirmou, em entrevista à GloboNews, em referência ao encontro na casa do presidente da Câmara.

O ministro disse que naquele domingo foi fechado um encaminhamento.

“Inclusive, eu disse na reunião – que tinha 20 pessoas – que mesmo o decreto sendo uma prerrogativa do presidente, no terceiro bimestral [cujo relatório se anuncia 22 de julho], eu voltaria à residência oficial para rediscutir os termos do decreto, do segundo decreto”, completou. (Com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, e da CNN Brasil)

 

 

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