Sábado, 08 de novembro de 2025

Investigação apura se extremistas já conheciam prédios que invadiram em Brasília

O interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, afirmou que as investigações apuram se os extremistas envolvidos nos atos do último dia 8 tinham conhecimento das plantas do Palácio do Planalto e da Câmara dos Deputados.

Cappelli deu a declaração após visitar o 6º Batalhão de Polícia Militar em Brasília, responsável pela segurança da Esplanada dos Ministérios.

“As pessoas que invadiram a Câmara e o Planalto tinham conhecimento dos locais, conheciam as plantas. Isso, a investigação está apurando. Vai nos auxiliar a identificar as pessoas. O processo está em curso, comandado pela Polícia Federal com apoio da Polícia Civil”, declarou Cappelli.

Em entrevista coletiva, Cappelli declarou ter ouvido o relato de um sargento – não identificado por ele – de que alguns dos manifestantes eram “profissionais”.

Cappelli disse que ouviu, de policiais feridos durante os atos, que os agentes de segurança não estavam “enfrentando apenas manifestantes”. O interventor disse ouvir de um sargento ferido que “existiam homens no campo de batalha com conhecimento do terreno, de táticas de combate, com características profissionais que estavam no meio dos manifestantes”.

Ainda segundo o interventor, a Polícia Civil do DF está atuando em “perfeita sintonia” com a Polícia Federal, auxiliando nas perícias e na identificação dos responsáveis pelos atos de vandalismo.

Aumento do efetivo

Presente à entrevista coletiva de Cappelli, a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, afirmou que o objetivo é aumentar o efetivo policial responsável pela segurança da Esplanada dos Ministérios.

Segundo ela, atualmente são 248 policiais, e o objetivo é elevar este número para 500. Celina informou também que está em estudo a possibilidade de aumentar, de R$ 148 milhões para R$ 300 milhões, o valor pago ao trabalho voluntário feito por policiais para o batalhão.

Na opinião da governadora em exercício, a medida pode, na prática, aumentar a segurança na Esplanada.

Atuação da PM

Uma sequência de vídeos e fotos dos ataques às sedes dos poderes em Brasília colocou em dúvida o profissionalismo de uma parte dos policiais mais bem pagos do País e de militares das Forças Armadas. A invasão expôs falhas na atuação de órgãos como a Polícia Militar, as polícias legislativas da Câmara e do Senado, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência e o Batalhão da Guarda Presidencial, unidade do Exército.

Sobre a atuação das forças de segurança, estão no foco da polêmica suspeitas sobre a atuação ou omissão por conveniência ideológica e simpatia à intenção intervencionista da marcha dos manifestantes, que irrompeu com facilidade a barreira de material plástico montada pela PM no acesso ao Congresso. Os policiais não portavam equipamentos para reagir a distúrbios. Não havia efetivo do Choque e da Cavalaria na retaguarda. A horda invadiu os palácios sem resistência.

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