Sábado, 27 de dezembro de 2025

Investigação da maior tragédia do balonismo brasileiro, com 8 mortes, termina 2025 sem culpados

Era uma manhã ensolarada de sábado quando um balão tripulado com 21 pessoas a bordo despencou do céu em Praia Grande (SC) após pegar fogo, em junho, deixando oito mortos. Das vítimas, quatro se jogaram da estrutura em chamas, a cerca de 45 metros de altura, e outras quatro morreram carbonizadas.

O acidente aconteceu na manhã de 21 de junho no extremo sul de Santa Catarina, região conhecida como “Capadócia brasileira” por lembrar o destino da Turquia famoso por formações rochosas peculiares e pelos voos de balão de ar quente.

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o balão no alto em chamas e pessoas pulando dele em meio ao desespero. Entre as oito vítimas, havia médicos, casais e um patinador artístico.

A tragédia ganhou destaque inclusive na imprensa internacional. O acidente foi chamado de “dramático” e noticiado por veículos dos Estados Unidos, da Argentina e europeus — como The New York Times, Clarín, BBC e El País.

O acidente também motivou a atualização nas normas para voos de balões tripulados no Brasil. As regras de transição para a prática do balonismo comercial no país começam a valer em 1º de dezembro, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

As mudanças incluem critérios mínimos de segurança, tipos de balões permitidos, qualificação exigida dos pilotos e procedimentos para operadores.

Investigação

Com base em depoimentos colhidos com o piloto e os sobreviventes, a Polícia Civil divulgou que:

• O balão subiu por volta das 7h de 21 de junho com 21 pessoas a bordo e, logo no início do passeio, começou a pegar fogo;
• O extintor que estava dentro do cesto do balão não funcionou;
• O balão começou a descer e, quando estava perto do solo, os sobreviventes pularam; entre eles, o piloto;
• Mais leve, a estrutura voltou a subir. Quatro das vítimas pularam de uma altura de cerca de 45 metros e morreram;
• As chamas aumentaram e o cesto, com outras quatro vítimas, despencou. Elas morreram carbonizadas;
• Os bombeiros enviaram o primeiro relatório sobre a queda às 8h18.

A investigação sobre a queda do balão havia sido concluída sem indiciados após a polícia ouvir mais de 20 pessoas. Conforme a apuração, o conjunto de provas “não encontrou a existência de conduta humana dolosa ou culposa que tenha dado causa ao incêndio em voo”.

O inquérito, no entanto, foi reaberto em novembro, um mês após a delegacia anterior encerrar a investigação sem apontar culpados.

A retomada aconteceu um dia após a exoneração do delegado de Santa Rosa do Sul que conduzia o caso. Com a troca, o delegado André Coltro assumiu a delegacia do município e passou a comandar a nova fase da apuração.

De acordo com o novo investigador, agora, novas diligências investigativas são cumpridas a pedido do Ministério Público (MP). Com informações do g1.

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