Sexta-feira, 20 de junho de 2025

Irã bloqueia acesso à internet em todo o país

O Irã completou nessa quinta-feira (19) 24 horas sob um bloqueio quase total da internet, que tem isolado a maior parte da população do contato com o mundo exterior. A informação é da NetBlocks, organização que monitora a conectividade global. Segundo o grupo, este é o apagão digital mais grave registrado no país persa desde os protestos de 2019.

A medida, segundo o governo iraniano, foi adotada por motivos de segurança. Em comunicado, o Ministério da Informação e Tecnologia da Comunicação afirmou que a decisão foi tomada para conter o que chamou de uso indevido da rede por “inimigos agressores”, com objetivos militares e potencial risco à vida e à propriedade de civis.

“Devido ao uso indevido da rede nacional de comunicação pelo inimigo agressor para fins militares e para colocar em risco a vida e a propriedade de pessoas inocentes, restrições ao acesso à internet foram impostas temporariamente por decisão das autoridades competentes”, informou a pasta.

Ainda de acordo com o ministério iraniano, o acesso a serviços públicos de comunicação e a plataformas digitais nacionais permanece disponível. As autoridades também afirmaram que estão trabalhando para preservar a qualidade desses serviços para a população.

Mesmo que a conectividade tenha sido severamente prejudicada em todo o país, foram especialmente afetadas as redes privadas virtuais (VPNs), que permitem o acesso a sites estrangeiros. Serviços como WhatsApp e Instagram, assim como as lojas de apps da Apple e do Google, foram bloqueados. Por outro lado, a rede nacional de sites locais aprovados pelo governo permaneceu funcional.

Conflito com Israel

A medida ocorre em meio à escalada do conflito entre Israel e Irã. Desde a madrugada do dia 13, os países vêm trocando bombardeios e ataques aéreos. As Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram ofensivas contra centros do programa nuclear iraniano e alvos militares estratégicos, alegando ameaças diretas à segurança nacional.

Em resposta, o Irã realizou ataques de retaliação, elevando o risco de um conflito regional de grandes proporções. Segundo balanços oficiais, mais de 240 pessoas já morreram desde o início da ofensiva.

A NetBlocks classificou o bloqueio como um “apagão nacional quase total”. A organização observou que, embora restrições à internet sejam comuns no Irã em momentos de instabilidade, a gravidade da medida atual supera os bloqueios registrados durante os protestos de 2022.

O governo iraniano não especificou quando o bloqueio será suspenso nem detalhou como as redes de comunicação estariam sendo utilizadas para fins militares.

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