Domingo, 24 de agosto de 2025

Irmã de Milei é investigada na Argentina por suspeita de corrupção

Policiais argentinos cumpriram 16 mandados de busca para coletar provas no âmbito de uma investigação sobre um suposto caso de corrupção na Agência Nacional de Deficiências — que atua em temas voltados a pessoas com deficiência física — no qual Karina Milei, a irmã do presidente da Argentina, Javier Milei, é citada.

A investigação foi iniciada após virem à tona áudios atribuídos a Diego Spagnuolo, ex-chefe da agência, destituído do cargo na quinta-feira, nos quais fez alusão a subornos e menciona Karina, atualmente secretária da Presidência, entre outros altos funcionários. A veracidade dos áudios ainda não foi comprovada pela Justiça, embora fontes ligadas ao caso tenham afirmado, sob anonimato, que até o momento eles não foram desmentidos.

Nos áudios, são relatadas supostas solicitações de subornos, envolvendo Karina e o subsecretário de Gestão, Eduardo Menem.

“Eles estão roubando, você pode fingir que não vê, mas não joguem esse fardo pra mim. Tenho todos os WhatsApps da Karina”, diz a voz atribuída a Spagnuolo no áudio que veio a público.

A denúncia foi apresentada pelo advogado Gregorio Dalbón e ocorre no momento em que o Congresso derrubou um veto de Milei a uma lei que declara estado de emergência na área da Deficiência e destina mais recursos ao setor — um golpe político para o presidente e sua famosa “motosserra”.

O caso também coincide com a campanha eleitoral para as eleições legislativas de 26 de outubro, nas quais será avaliado o apoio à gestão do presidente ultraliberal.

Os mandados de buscas incluíram endereços como uma drogaria de grande porte, cujo proprietário teve 266 mil dólares apreendidos. O efetivo estava dividido em envelopes, segundo o jornal La Nación. Nos áudios, essa drogaria — uma das principais fornecedoras de medicamentos para a agência — é citada como uma das farmacêuticas que supostamente pagavam os subornos.

Também foram apreendidos telefones celulares, computadores, documentos sobre compras e licitações de medicamentos e outros dispositivos eletrônicos, que serão analisados pelo Ministério Público, responsável pela investigação liderada pelo juiz federal Sebastián Casanello.

A Justiça ainda não ordenou nenhuma prisão nem foram divulgadas acusações formais, em razão do segredo de justiça.

Segundo a denúncia publicada pela imprensa, os áudios indicam que Karina Milei e Menem “teriam participado de um esquema de recebimento e pagamento de propinas relacionadas à compra e fornecimento de medicamentos, com impacto direto nos cofres públicos”, o que, se confirmado, configura crimes de corrupção, administração fraudulenta e associação criminosa, entre outros. O governo tem se mantido em silêncio em relação ao caso.

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Policiais argentinos cumpriram 16 mandados de busca para coletar provas no âmbito de uma investigação sobre um suposto caso de corrupção na Agência Nacional de Deficiências — que atua em temas voltados a pessoas com deficiência física — no qual Karina Milei, a irmã do presidente da Argentina, Javier Milei, é citada.

A investigação foi iniciada após virem à tona áudios atribuídos a Diego Spagnuolo, ex-chefe da agência, destituído do cargo na quinta-feira, nos quais fez alusão a subornos e menciona Karina, atualmente secretária da Presidência, entre outros altos funcionários. A veracidade dos áudios ainda não foi comprovada pela Justiça, embora fontes ligadas ao caso tenham afirmado, sob anonimato, que até o momento eles não foram desmentidos.

Nos áudios, são relatadas supostas solicitações de subornos, envolvendo Karina e o subsecretário de Gestão, Eduardo Menem.

“Eles estão roubando, você pode fingir que não vê, mas não joguem esse fardo pra mim. Tenho todos os WhatsApps da Karina”, diz a voz atribuída a Spagnuolo no áudio que veio a público.

A denúncia foi apresentada pelo advogado Gregorio Dalbón e ocorre no momento em que o Congresso derrubou um veto de Milei a uma lei que declara estado de emergência na área da Deficiência e destina mais recursos ao setor — um golpe político para o presidente e sua famosa “motosserra”.

O caso também coincide com a campanha eleitoral para as eleições legislativas de 26 de outubro, nas quais será avaliado o apoio à gestão do presidente ultraliberal.

Os mandados de buscas incluíram endereços como uma drogaria de grande porte, cujo proprietário teve 266 mil dólares apreendidos. O efetivo estava dividido em envelopes, segundo o jornal La Nación. Nos áudios, essa drogaria — uma das principais fornecedoras de medicamentos para a agência — é citada como uma das farmacêuticas que supostamente pagavam os subornos.

Também foram apreendidos telefones celulares, computadores, documentos sobre compras e licitações de medicamentos e outros dispositivos eletrônicos, que serão analisados pelo Ministério Público, responsável pela investigação liderada pelo juiz federal Sebastián Casanello.

A Justiça ainda não ordenou nenhuma prisão nem foram divulgadas acusações formais, em razão do segredo de justiça.

Segundo a denúncia publicada pela imprensa, os áudios indicam que Karina Milei e Menem “teriam participado de um esquema de recebimento e pagamento de propinas relacionadas à compra e fornecimento de medicamentos, com impacto direto nos cofres públicos”, o que, se confirmado, configura crimes de corrupção, administração fraudulenta e associação criminosa, entre outros. O governo tem se mantido em silêncio em relação ao caso.

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