Segunda-feira, 04 de agosto de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 3 de agosto de 2025
O comandante do Estado-Maior do Exército israelense advertiu que, se os reféns em poder do grupo terrorista Hamas não forem libertados da Faixa de Gaza, o “combate prosseguirá sem trégua”. As declarações do tenente-general Eyal Zamir vieram num comunicado militar divulgado durante uma visita dele às tropas no território palestino, um dia antes de o enviado especial para o Oriente Médio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunir com familiares dos reféns.
“Acredito que, nos próximos dias, saberemos se conseguiremos alcançar um acordo para a libertação dos nossos reféns. Em caso contrário, o combate continuará sem trégua”, afirmou o tenente-general Eyal Zamir.
O comandante do Estado-Maior “fez uma visita ao território e uma avaliação da situação” na Faixa de Gaza, acompanhado por vários comandantes do Exército, segundo o comunicado. “A guerra continua e vamos adaptá-la à realidade que sofre alterações de acordo com nossos interesses”, acrescentou ele, antes de ressaltar que “os resultados obtidos nos proporcionam flexibilidade operacional”.
A guerra foi desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, que provocou a morte de 1.219 pessoas do lado israelense, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais.
Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 49 continuam como reféns em Gaza, incluindo 27 que foram declaradas mortas pelo Exército.
Enviado de Trump
No sábado, o enviado de Trump para o Oriente Médio se reuniu em Tel Aviv com as famílias dos reféns israelenses na Faixa de Gaza. Cercado por seguranças, Witkoff seguiu até a chamada Praça dos Reféns em Tel Aviv, onde estavam parentes das 49 pessoas que permanecem em cativeiro em Gaza — vivas ou supostamente mortas —, sequestradas em 7 de outubro de 2023 durante o ataque do Hamas.
Witkoff também visitou a Faixa de Gaza, devastada pela guerra, e prometeu aumentar a ajuda humanitária após uma reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. A campanha de retaliação de Israel deixou mais de 60 mil mortos em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
Recebido com apelos de “Tragam [os reféns] para casa agora!”, Witkoff conversou com familiares em um prédio vizinho.
Centenas de pessoas, algumas vestidas de preto e carregando fotos de seus entes queridos, manifestaram-se nesta praça, simbolicamente renomeada “Praça dos Reféns”, que se tornou um ponto de encontro para as famílias dos reféns e manifestantes que exigiam o fim das hostilidades.
Yotam Cohen, irmão do refém Nimrod Cohen, disse que “a guerra precisa acabar”, enquanto ficava perto de cercas de arame farpado colocadas no chão para simbolizar a detenção e o sofrimento dos reféns.
“O governo israelense não a encerrará por vontade própria. Ela precisa ser interrompida. Todas as medidas possíveis devem ser tomadas para deter o governo israelense, alcançar um cessar-fogo e pôr fim à guerra. Estamos sem tempo. Nada está funcionando”, desabafou. As informações são do jornal O Globo.