Domingo, 22 de junho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 21 de junho de 2025
Israel alegou nesse sábado (21) ter matado três comandantes e quatro combatentes da Guarda Revolucionária do Irã e bombardeado uma instalação nuclear em Isfahã, no centro do país, em sua campanha de bombardeios sem precedentes contra a República Islâmica, que, segundo o Ministério das Relações Exteriores, já teria atrasado em dois anos os supostos planos nucleares de Teerã.
Segundo as Forças Armadas de Israel, seus caças atingiram com sucesso o alto oficial iraniano Saeed Izadi, comandante da Guarda Revolucionária responsável pela coordenação com “a organização terrorista Hamas”, o movimento palestino com o qual Israel está em guerra em Gaza, em um ataque noturno em Qom, ao sul de Teerã.
Também alegaram a morte de outros dois comandantes da Guarda Revolucionária, o exército ideológico de Teerã: Aminpour Joudaki, que supostamente comandou “centenas” de ataques com drones contra Israel, segundo a fonte, e Behnam Shahriyari, comandante da Força Quds, o braço da Guarda Revolucionária para ações no exterior.
Além disso, quatro combatentes da Guarda Revolucionária foram mortos em um ataque aéreo israelense contra um centro de treinamento em Tabriz, no noroeste do país, informou a agência de notícias Isna. Outros ataques israelenses atingiram “a infraestrutura de armazenamento e lançamento de mísseis no centro do Irã”, segundo os militares.
Israel também bombardeou “dois locais de produção de centrífugas” na instalação iraniana em Isfahã, na “segunda onda de ataques” contra o local desde o início da guerra, disse à AFP uma fonte militar, que pediu anonimato. As agências de notícias iranianas Mehr e Fars já haviam noticiado o ataque, que, segundo elas, não causou danos, graças às defesas aéreas.
Durante a tarde (horário local), o Exército anunciou novos ataques à “infraestrutura militar” no sudoeste do Irã. Enquanto isso, a imprensa iraniana local noticiou que “poderosas explosões” foram ouvidas na região.
Israel avalia que seus ataques a instalações nucleares e alvos militares iranianos já tenha “atrasado em pelo menos dois ou três anos a possibilidade de eles terem uma bomba nuclear”, disse o ministro das Relações Exteriores Gideon Saar.
“Faremos tudo o que pudermos para eliminar essa ameaça”, afirmou em entrevista ao jornal alemão Bild, acrescentando que os ataques de Israel continuariam.
Em resposta, a Guarda Revolucionária anunciou nesse sábado que lançou “operações combinadas” durante a noite com “vários esquadrões de drones Shahed” e mísseis contra território israelense, incluindo a área do Aeroporto Ben Gurion, perto de Tel Aviv. Um prédio residencial no Vale de Beit Shean, no norte de Israel, foi atingido por um ataque de drone, informaram os serviços de resgate, mas não houve vítimas. Um hospital no porto israelense de Haifa registrou 19 feridos, incluindo uma pessoa em estado grave, após a última salva iraniana. (Com informações da AFP)