Sábado, 05 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 14 de novembro de 2023
Israel e o grupo palestino Hamas estão próximos de um acordo de reféns que libertaria a maioria das mulheres e crianças israelenses que foram sequestradas em 7 de outubro, data do ataque terrorista em território israelense. A afirmação é de uma autoridade israelense de alto escalão. O acordo poderá ser anunciado dentro de alguns dias se os detalhes finais forem resolvidos, disse ele ao jornal americano “The Washington Post”.
“O esboço geral do acordo foi feito e todos estão de acordo”, explicou a autoridade israelense em uma entrevista, solicitando anonimato para discutir o assunto. O acordo provisório prevê que mulheres e crianças israelenses sejam libertadas em grupos, simultaneamente com mulheres e jovens palestinos mantidos em prisões israelenses.
Israel quer a libertação de todas as 100 mulheres e crianças levadas de Israel, mas é provável que o número inicial seja menor. O Hamas indicou que está pronto para libertar 70 mulheres e crianças, segundo uma declaração de um de seus funcionários no canal Telegram do grupo, citada pela Reuters na segunda-feira (13).
Um cessar-fogo temporário, de cinco dias, acompanharia a troca de reféns e prisioneiros, disse a autoridade israelense. Essa trégua permitiria uma viagem segura para os prisioneiros israelenses. Também poderia permitir mais assistência internacional aos civis palestinos em Gaza e aliviar a crise humanitária no local, explicou a autoridade israelense.
O presidente americano Joe Biden expressou forte apoio dos EUA a um acordo sobre os reféns em uma ligação, expressando “apreço” pessoal ao emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, cujo país atuou como mediador com o Hamas. “Os dois líderes concordaram que todos os reféns devem ser libertados sem demora”, disse um comunicado da Casa Branca.
As autoridades americanas esperam que um acordo de libertação de reféns e uma trégua temporária possam reduzir o clamor internacional em torno da guerra. Israel não concordará em encerrar sua campanha para destruir o poderio militar do Hamas. Mas as autoridades do país reconhecem a necessidade de ajudar os civis palestinos, cuja situação se tornou desesperadora.
Israel quer a confirmação de que os reféns mantidos em cativeiro, cada um identificado por seu nome, está sendo libertado ao trocar os prisioneiros palestinos. Esse processo de verificação é um dos detalhes que as autoridades ainda estavam negociando na segunda-feira, 13.
A negociação de Israel com o grupo terrorista Hamas tem sido conduzida indiretamente por meio do Catar, onde a liderança política do Hamas vive. O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim al-Thani, delineou o esforço de mediação em uma entrevista comigo na última semana.