Sábado, 14 de junho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 13 de junho de 2025
Em uma operação sem precedentes, Israel matou três dos principais militares das Forças Armadas do Irã em meio a ataques contra as instalações militares e nucleares do país persa que começaram na madrugada dessa sexta-feira (13). Os alvos mortos faziam parte da alta cúpula do Irã e estavam apenas abaixo do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã.
Israel também diz ter atacado a principal instalação de enriquecimento nuclear do Irã em Natanz, atingindo um complexo subterrâneo que abrigava centrífugas, e pelo menos seis bases militares ao redor da capital, Teerã. Residências em dois complexos de alta segurança para comandantes militares também foram atingidas, assim como vários prédios residenciais ao redor de Teerã.
O major general Mohammad Bagheri, chefe de Estado-Maior das Forças Armadas e o segundo comandante mais alto do Irã depois do líder supremo aiatolá Ali Khamenei, foi morto em um bombardeio durante a madrugada. Ele foi substituído pelo major-general Abdolrahim Mousavi, de acordo com a agência de notícias estatal iraniana IRNA.
Já o general Hossein Salami, comandante-chefe da Guarda Revolucionária Islâmica, a principal força militar do Irã, também foi morto. Ele era o segundo na cadeia de comando militar e tinha o terceiro cargo mais importante do Irã. Ele foi substituído pelo General Mohammad Pakpour, segundo a IRNA.
O general Gholamali Rashid, comandante-chefe adjunto das Forças Armadas, e o general Amir Ali Hajizadeh, chefe do programa de mísseis da Guarda Revolucionária do Irã, também foram mortos. Segundo a cadeira de comando, eles seriam as autoridades militares mais importantes depois de Bagheri e Salami.
Cientistas assassinados
Segundo a agência iraniana Tasnim, Israel matou seis cientistas iranianos nesta sexta-feira. Entre eles estão Fereydoun Abbasi, ex-chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, e Mohammad Mehdi Tehranchi, físico teórico e presidente da Universidade Islâmica Azad em Teerã.
Israel também assassinou Ali Shamkhani, um dos políticos mais influentes do Irã e amigo próximo do aiatolá Khamenei. Ele supervisionava as negociações nucleares com os Estados Unidos como parte de um comitê nomeado pelo líder supremo para dirigir as negociações.
O recém-nomeado comandante da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, Mohammad Pakpour, disse que Teerã irá abrir “as portas do inferno” em retaliação aos ataques israelenses que mataram seu antecessor.
“Em retribuição ao sangue de nossos comandantes, cientistas e cidadãos mortos, as portas do inferno se abrirão em breve para este regime que mata crianças”, disse Pakpour sobre Israel em uma mensagem divulgada pela agência de notícias estatal IRNA.
Alvos nucleares
Israel bombardeou diversos alvos no Irã, no que chamou de “ataques preventivos” em meio ao acirramento das tensões no Oriente Médio. Os ataques começaram na noite de quinta-feira (12) e continuaram nessa sexta-feira (13). Foi uma grande operação contra a alta cúpula do país persa e o programa nuclear do Irã.
Israel também assassinou Ali Shamkhani, um dos políticos mais influentes do Irã e amigo próximo do aiatolá Khamenei. Ele supervisionava as negociações nucleares com os Estados Unidos como parte de um comitê nomeado pelo líder supremo para dirigir as negociações.
Represálias
O recém-nomeado comandante da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, Mohammad Pakpour, disse que Teerã irá abrir “as portas do inferno” em retaliação aos ataques israelenses que mataram seu antecessor.
“Em retribuição ao sangue de nossos comandantes, cientistas e cidadãos mortos, as portas do inferno se abrirão em breve para este regime que mata crianças”, disse Pakpour sobre Israel em uma mensagem divulgada pela agência de notícias estatal IRNA. Com informações de O Estado de S. Paulo