Sábado, 25 de janeiro de 2025

Israel não confirma os assassinatos de 40 bebês pelo Hamas: “Não podemos confirmar nenhum número no momento”

O governo israelense disse nessa quarta-feira (11) que não pode confirmar “neste momento” os relatos de que terroristas do Hamas assassinaram 40 bebês em um kibutz no sul do país.

Na terça-feira (10), a conta oficial @Israel do governo na rede social X (antes conhecida como Twitter) publicou um vídeo de uma repórter do canal israelense i24NEWS comovida sobre a devastação no kibutz de Kfar Aza.

O vídeo estava acompanhado da manchete “40 bebês assassinados”.

“Ninguém poderia esperar que fosse assim, os horrores que ouço destes soldados”, disse a repórter em outro vídeo transmitido no site da emissora.

A notícia sobre “40 bebês assassinados” foi massivamente compartilhada nas redes sociais desde terça, sendo usada para condenar a ofensiva da milícia islamita Hamas contra Israel, iniciada no último sábado (7) a partir da Faixa de Gaza.

“Não podemos confirmar nenhum número no momento”, disse nessa quarta-feira um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, que administra a conta @Israel, quando questionado sobre essa versão.

O general israelense aposentado Itai Veruv disse que “70 terroristas totalmente armados e treinados” atacaram Kfar Aza por volta das 6h30 (00h30 no horário de Brasília) de sábado. Ele descreveu o ataque como “um massacre, um grande desastre”.

Cerca de 400 pessoas viviam nesta comunidade, que fica a cerca de dois quilômetros da fronteira com a Faixa de Gaza.

Vários soldados israelenses destacados no local disseram à agência de notícias AFP que entre 100 e 150 pessoas foram mortas no ataque do Hamas ao kibutz, incluindo um número desconhecido de crianças. Um soldado, que pediu anonimato, descreveu mutilações, incluindo algumas decapitações, mas recusou-se a dar mais detalhes.

Brasileiros

Jonathan Conricus, um porta-voz do exército de Israel, afirmou nessa quarta que pode haver brasileiros entre as pessoas feitas reféns pelo Hamas e levadas para a Faixa de Gaza.

Ele citou os brasileiros entre diversas nacionalidades: “Há (entre os reféns) norte-americanos, britânicos, franceses, alemães, italianos, brasileiros, argentinos e ucranianos”, disse Conricus.

Segundo o governo israelense, cerca de 150 pessoas foram feitas de reféns durante a invasão do Hamas no sábado. Dntre as pessoas sequestradas e levadas para Gaza estão idosos, crianças e mulheres, inclusive a DJ Shani Louk que participava do festival de música Universo Paralello.

Apesar da declaração do porta-voz do exército os representantes diplomáticos do governo do Brasil não receberam nenhuma informação a respeito de brasileiros entre os reféns.

Karla Stelzer Mendes, uma brasileira que estava no festival de música eletrônica Universo Paralello, está entre as pessoas desaparecidas, no entanto não há confirmação de que ela esteja mantida refém pelo Hamas.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil disse, durante uma entrevista coletiva nessa quarta, que não pôde confirmar a localização de Karla e nem se há brasileiros detidos pelo Hamas.

Outros dois brasileiros que estavam desaparecidos, Bruna Valeanu e Ranani Glazer, foram encontrados mortos em Israel.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de em foco

Lula pede intervenção internacional em Gaza, libertação de reféns e trégua para proteger crianças
Gaza tem crise humanitária com “cerco total”; dois brasileiros desistem do resgate
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play