Terça-feira, 16 de abril de 2024

Israelenses e palestinos se enfrentam com ataques aéreos e foguetes pelo segundo dia

Aviões israelenses atacaram a Faixa de Gaza e palestinos dispararam foguetes contra Israel no segundo dia de conflitos na região.

Os ataques israelenses deste sábado (6) deixaram 15 mortos, entre eles quatro militantes da Jihad Islâmica e uma criança, de acordo com o Ministério de Saúde palestino. Outras 125 pessoas foram feridas. A mídia israelense fala em 12 mortos.

Do lado israelense, dois soldados ficaram feridos por projéteis disparados de um morteiro que atingiram uma fazenda perto da fronteira de Gaza.

Esse confronto dos últimos dias pôs fim a mais de um ano de relativa calma entre os dois lados.

O estopim deste conflito foi uma operação israelense contra o grupo militante Jihad Islâmica, que matou um dos líderes do grupo em um ataque aéreo surpresa durante o dia. Os palestinos responderam com disparos de foguetes.

Os israelenses afirmam que se tratou de um ataque preventivo: eles temiam possíveis represálias pela detenção de um líder da Jihad Islâmica na Cisjordânia, um outro território palestino. Agora, os israelenses dizem que direcionam ataques contra locais de fabricação de armas do grupo. Outros bombardeios atingiram três casas, disseram testemunhas.

Um porta-voz militar declarou que os bombardeios israelenses podem durar uma semana. Atualmente não há negociações para um cessar-fogo, segundo ele.

Durante a noite, os militares disseram ter apreendido 19 militantes da Jihad Islâmica em ataques na Cisjordânia ocupada por Israel.

Reação palestina

Militantes palestinos dispararam pelo menos 160 foguetes. As sirenes de ataques aéreos foram acionadas em cidades no sul de Israel. A maioria dos mísseis foi interceptada.

Houve sirenes de aviso de ataque na cidade de Tel Aviv, um importante centro comercial de Israel. Não há notícia de feridos ou morte em Tel Aviv. Foram ouvidas três explosões na cidade, provavelmente de foguetes interceptados pelo sistema de proteção de Israel.

Negociações

O Egito, a ONU e o Catar se mobilizaram para negociar um cessar-fogo e acabar com essa rodada de confrontos. Já o comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, afirmou que Israel vai pagar um preço alto pelos ataques em Gaza.

Se o Hamas, o grupo militante islâmico que controla Gaza, atacar Israel, o conflito vai tomar proporções muito maiores.

Jihad Islâmica

A Jihad Islâmica é um grupo militante alinhado ao Hamas. Os dois têm um passado ligado à Irmandade Muçulmana, são contrários ao Estado de Israel e propõem a criação de um Estado palestino islâmico.

No entanto, também há diferenças entre os dois grupos. Os líderes do Hamas já deram declarações em que sinalizam um abrandamento de sua meta de destruição do Estado de Israel. A Jihad Islâmica nunca fez nenhum movimento como esse e rejeita qualquer tipo de compromisso com os israelenses.

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