Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 18 de julho de 2022
A Justiça Administrativa da Itália confirmou nessa segunda-feira (18) a multa de pouco mais de 100 milhões de euros imposta ao Google no ano passado pelo órgão antitruste do país por abuso de posição dominante.
A multinacional americana é acusada de dificultar o uso do aplicativo JuicePass na plataforma Android Auto para beneficiar o Google Maps. Desenvolvido pela empresa italiana de energia Enel X, o app é usado por motoristas de carros elétricos para procurar pontos de recarga.
Em maio passado, o órgão antitruste italiano multou as companhias Google LLC, Google Italia e Alphabet em um valor total de pouco mais de 100 milhões de euros, com o argumento de que elas limitaram deliberadamente a possibilidade de utilização do JuicePass no país.
As empresas recorreram, mas o Tribunal Administrativo Regional do Lazio rejeitou a ação nesta segunda-feira e manteve a sanção.
“É indubitável seja a parcial sobreposição existente hoje entre os dois apps [JuicePass e Google Maps], seja a intenção do Google de ampliar as funcionalidades do Google Maps para compreender atividades atualmente possíveis apenas graças aos aplicativos relacionados à recarga de carros elétricos”, diz a sentença.
Rússia
Também nessa segunda, um tribunal na Rússia multou o Google em 21,1 bilhões de rublos (cerca de R$ 1,9 bilhão) por falhas repetidas na remoção de conteúdo considerado ilegal pelo governo, informou o regulador de comunicações russo Roskomnadzor.
A agência disse que a plataforma de vídeos YouTube, do Google, não bloqueou “informações falsas” sobre a ofensiva na Ucrânia, nem conteúdos que “propagam o extremismo e o terrorismo” ou “convidam menores a participar de manifestações não autorizadas”.
“O site de hospedagem de vídeos YouTube promove deliberadamente a disseminação de informações enganosas sobre o progresso da operação militar especial na Ucrânia, desacreditando as forças armadas da Federação Russa”, disse o Roskomnadzor.
A empresa foi multada com base em “seu faturamento anual” no país, como determina a lei russa, informou Roskomnadzor.
A Rússia se opõe à distribuição de conteúdo de plataformas de tecnologia estrangeiras que violam suas restrições. Nos últimos anos, o país tem aumentado a pressão contra essas companhias numa tentativa de silenciar críticos na internet.
O Google, que pode recorrer da decisão, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário enviado por e-mail. A empresa foi uma das que limitou seus serviços no país para denunciar a invasão à Ucrânia.
No final do ano passado, o Google foi multado em 7,2 bilhões de rublos (R$ 666,5 milhões) por não remover ou bloquear conteúdo.
Outra medida recente foi o confisco da conta bancária da unidade russa do Google. A medida levou a subsidiária local a pedir proteção contra falência e impossibilitou o pagamento de funcionários e fornecedores.