Quarta-feira, 27 de agosto de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 26 de agosto de 2025
O filho “04” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador de Balneário Camboriú (SC) Jair Renan Bolsonaro (PL), reagiu à determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em manter o pai monitorado em tempo integral pela Polícia Penal do Distrito Federal.
“Que absurdo! Um senhor de 70 anos, cheio de problemas de saúde, todo remendado, sendo tratado como se fosse um criminoso de alta periculosidade”, escreveu o vereador em seu perfil no Instagram, na tarde dessa terça-feira (26). Jair Renan acrescentou críticas diretas à decisão, classificando a medida como uma forma de “perseguição política”. Ele ainda comparou o monitoramento aplicado ao ex-presidente com ações tomadas contra integrantes do crime organizado: “Nem os chefes do tráfico recebem um monitoramento 24 horas como esse”.
A publicação foi acompanhada por uma imagem de Jair Bolsonaro com uma sonda no nariz, em registro de um dos tratamentos médicos realizados após a facada que sofreu durante a campanha presidencial de 2018.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-SP), também filho do ex-presidente, manifestou-se por meio de seu perfil na plataforma X (antigo Twitter). Em sua postagem, afirmou que “eles não se cansam de criar situações desnecessárias para impor humilhações a Bolsonaro”. Na sequência, declarou: “Não se preocupem, nenhuma prisão pode deter o que Bolsonaro criou”. O texto foi publicado junto a um vídeo no qual o senador critica o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), autor de um pedido para o monitoramento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), outro dos filhos do ex-presidente, não fez uma publicação própria sobre o tema, mas compartilhou em suas redes sociais o conteúdo publicado por um advogado. No post, o profissional do direito descreve o monitoramento imposto a Bolsonaro como “ilegal”, argumentando que a medida “além de violar a intimidade de Bolsonaro, protegida pela CF, caracteriza constrangimento ilegal e pode ser considerada uma antecipação de pena”.
Para justificar a decisão de manter o monitoramento, o ministro Alexandre de Moraes ressaltou a proximidade do julgamento da ação penal em que Jair Bolsonaro e outros sete envolvidos são réus por tentativa de golpe de Estado. O julgamento está previsto para ter início na próxima terça-feira, dia 2.
O documento também menciona um ofício encaminhado pelo líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), à Polícia Federal. No texto, o deputado destaca a proximidade da residência do ex-presidente com a Embaixada dos Estados Unidos, e aponta a necessidade de “intensificação urgente e em caráter imediato das ações de fiscalização e vigilância das medidas cautelares”. (Com informações de O Estado de S. Paulo)