Segunda-feira, 04 de agosto de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 4 de agosto de 2025
Nas últimas semanas assistimos o mais grave atentado a soberania de nosso país. Foram dezenas de dias que a maioria esmagadora dos brasileiros de todos segmentos de trabalhadores e empresariais dormiram e acordaram com o fantasma do tarifaço ao seu lado.
Mais ainda. Antes da definição da última quinta-feira feira várias empresas colocaram seus empregados em férias. O que fez com que muitos se quer conseguissem dormir.
Claro que após a definição dos segmentos definitivamente afetados pelo insano presidente americano milhares viram o fantasma sumir.
Mesmo ele tendo partido a pergunta que não quer calar é: quem trouxe ele aqui para ameaçar nossos empregos e renda? Essa questão é fácil de responder e ao mesmo tempo inacreditável saber que foi articulada por uma família de chamados “patriotas”.
Aliás, o patriarca Jair Bolsonaro carrega no seu DNA ingredientes como traição, desrespeito a hierarquia e subversão que marcaram seus últimos anos como capitão no Exército. Inclusive assumiu publicamente em 1987 que cometeu atos de indisciplina e deslealdade para com seus superiores.
Outro atestado é um de seus filhos, Carlos Bolsonaro, que foi investigado pelo MP do Rio de Janeiro, que emitiu laudo por “rachadinhas” em seu gabinete entre 2009 à 2018. Vale relembrar que um dos casos apontados envolve a cunhada da ex-mulher do ex-presidente.
O filho mais novo, Jair Renan, começou cedo a ter laudos indicativos de parte genética: investigação por tráfico de influência. Mas, o herdeiro que mais demonstra seu traço genético é o deputado Eduardo Bolsonaro. Foi incluído no processo que investiga ele e o irmão por propagação das fakes News com ataques a Ministros da Corte.
No entanto não satisfeita com esse extenso laudo, a família decidiu adicionar mais um ato criminoso: atacar a soberania do nosso país, tentar abalar a nossa economia e destruir socialmente mais 3,2 milhões de empregos e 10 mil empresas (dados da Amcham Brasil). Nessa sua “missão” o referido parlamentar está lá, em licença, usufruindo de todos os privilégios para fazer articulações que rasgam os princípios que devem nortear o exercício do seu mandato entre eles a defesa do interesse público e a soberania nacional, ou seja, buscar soluções para os problemas da sociedade e promover o desenvolvimento do país. No que tange a defesa da soberania nacional é um princípio fundamental para a atuação parlamentar.
O que estamos assistindo me remeteu a uma frase que aprendi muito jovem: “você é um Judas” que ainda é utilizada servindo, como sabemos, para definir uma pessoa que é considerada traidora, desleal e infiel rasgando a confiança depositada nela. Uma expressão que nasceu inspirada na história católica que conta que Judas Iscariotes, um dos doze apóstolos, traiu Jesus Cristo por 30 moedas e que depois se arrependeu e sabemos o que fez.
Espero que na próxima eleição os eleitores não elejam mais judas. O que o nosso país menos precisa é de traidores que por interesses pessoais traiam mais de 200 milhões que possam fechar empregos e gerar crises sociais e, mais uma vez, joguem a conta para os mais frágeis pagarem. Nós trabalhadores.
*Gelson Santana, Presidente do STICC e Secretário Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Construção Pesada e em Montagem Industrial UGT.