Quarta-feira, 03 de setembro de 2025

Julgamento faz história como o mais previsível

O julgamento na 1ª Turma do STF iniciado ontem (2), que põe mais um ex-presidente da República no banco dos réus, é também um dos mais previsíveis da história do Direito: ninguém aposta na absolvição de nenhum dos réus, ainda que seus advogados tenham se esforçado na alegação de falta de provas etc. Nos meios políticos e jurídicos de Brasil a voz corrente é que os acusados já estão condenados há muito, faltando só definir a dosimetria das penas para cada um dos oito réus.

Apenas uma dúvida

Apenas há incerteza em relação ao voto do ministro Luiz Fux, juiz-raiz de cuja cabeça não se sabe o que sairá. Bem ao contrário dos demais.

‘Cartas marcadas’

Descrente em julgamento justo e imparcial, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), o definiu como “cartas marcadas”.

Dúvida disseminada

Acusações de perseguição a Bolsonaro, feitas por Donald Trump, ajudaram a lançar dúvidas internacionalmente sobre o julgamento.

Holofote garantido

Além de quase todas as manchetes na imprensa, “Bolsonaro” se tornou o termo mais pesquisado online no Brasil, ontem, diz o Google Trends.

Derrotas na CPMI caem na conta de Gleisi

Alçada ao posto de ministra para resolver quem levaria a presidência do PT, Gleisi Hoffmann virou dor de cabeça à frente da Secretaria de Relações Institucionais. A pasta, que cuida da (des)articulação política do governo, acumula derrotas na CPMI que apura as falcatruas no INSS. Já na largada, tomou drible da oposição e perdeu a presidência e a relatoria. A crise da vez é com o MDB, que tem quadros desertando da tropa de choque de Lula. Ao todo, já são oito trocas na CPI Mista.

Missão dificultada

O plano era ou ainda é viabilizar Gleisi para o Senado, no Paraná, mas se torna cada vez mais difícil: a irascível petista afasta até aliados.

Na modéstia

Gleisi já parece ter jogado a toalha: anda dizendo que vai tentar a reeleição como deputada federal para garantir bancada.

Péssimo histórico

Gleisi conseguiu o que parecia impossível: soma mais derrotas que o antecessor trapalhão Alexandre Padilha. E já enfrenta moderada fritura.

Fake news oficial

O Brasil de Lula encarou como desprestígio ficar de fora do acordo de Rússia e China para que a Tass e a Xinhua, agência de notícias com tenebroso histórico de serviços prestados às respectivas ditaduras, se unam na divulgação “notícias” em chinês, russo e inglês.

Sonha geral

Durante depoimento à Comissão de Segurança Pública no Senado, o ex-assessor de Alexandre de Moraes Eduardo Tagliaferro disse que uma acareação com o ministro do STF seria a realização de um sonho.

Pegou fogo

Esquentou o clima na Comissão de Segurança do Senado com o depoimento de Eduardo Tagliaferro. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acusou o ministro Moraes de requentar provas.

Outra prioridade

Comitiva da Confederação Nacional da Indústria chega a Washington para tentar diálogo com o governo Trump sobre tarifas. O governo Lula se concentra em sua real prioridade: o julgamento de Jair Bolsonaro.

Dê o fora!

Enquanto começava o julgamento de Bolsonaro, os ministros André Fufuca (Esporte), do PP, e Celso Sabino (Turismo), do União Brasil, tomavam uma prensa para desembarcar do governo Lula (PT).

Tem quem não goste

De acordo com dados do IBGE, o PIB brasileiro cresceu 2,5% nos primeiros seis meses do ano. No mesmo período, o PIB do agronegócio cresceu mais de 10%; quatro vezes a média nacional.

Alô, Greta!

Tarifas, Israel-Hamas e julgamento (no Brasil) dominam as manchetes, mas, no Canadá, queimadas florestais voltam a bater recorde: mais de 73 mil km2 já foram destruídos este ano, segundo pior da História.

Em breve, 100% público

Não satisfeito com os gastos públicos recorde, o governo Lula anunciou que planeja adicionar outros 89 mil postos de trabalho públicos em 2026, sendo que 91% das vagas seriam para o governo federal.

Pensando bem…

…teatro tem definição: local onde se apresentam obras dramáticas ou outros espetáculos públicos.

PODER SEM PUDOR

O parafuso de Suplicy

O então líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), encontrou um parafuso no chão azul do plenário. Bem-humorado, gritou: “Quem perdeu um parafuso?” Alguém gritou lá do fundo: “É da cabeça de Suplicy!”. Todos caíram na gargalhada, exceto – claro – o pai do roqueiro Supla.

(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – Instagram: @diariodopoder)

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