Sábado, 12 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 11 de julho de 2025
A publicitária Juliana Marins, de 27 anos, morreu por volta das 12h do dia 22 de junho, um dia e meio depois de ter caído na trilha na Indonésia. Segundo o exame do IML, ela ficou viva por mais de 30 horas até sofrer uma segunda queda, a 220 metros da trilha principal.
Ainda de acordo com o exame, ela morreu 15 minutos após a segunda queda. O exame confirmou as fraturas já apontadas no exame da indonésia, fraturas na base do crânio, costelas, pelve, laceração do fígado e dos rins provocando intensa hemorragia interna.
A hora aproximada da morte foi estabelecida com base em exames entomológicos, feitos a partir de larvas encontradas no corpo.
Na primeira queda, de 61 metros, Juliana teve uma lesão na coxa esquerda que fratura no fêmur e, possivelmente também na pelve. “A dor desse primeiro impacto foi intensa, um sofrimento grande”, afirmou o perito Nelson Messina, que participou da autópsia.
“Foi uma morte agônica, hemorrágica, sofrida, infelizmente tenho que dizer isso”, completou. Ela ainda passou fome, sede e frio.
Juliana morreu em decorrência de múltiplos traumas após cair em uma trilha na Indonésia. O resgate durou mais de 4 dias. Os pais da vítima questionaram os laudos feitos pelo país asiático e acionaram a Justiça para que uma nova necrópsia fosse realizada no Brasil.
Os exames foram realizados no Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto (IMLAP), com a presença de representante da família e de um perito da Polícia Federal. A diligência ocorreu por determinação judicial com a anuência do Estado.
O laudo concluiu que a causa imediata foi hemorragia interna provocada por lesões poliviscerais e politraumatismo, compatíveis com impacto de alta energia cinética. Os peritos estimam que Juliana sobreviveu por no máximo 15 minutos após o segundo impacto.
“Pode ter havido um período agonal antes da queda fatal, gerando sofrimento físico e psíquico, com intenso estresse endócrino, metabólico e imunológico ao trauma”, destaca um trecho do laudo publicado pelo g1. Como o corpo chegou ao IML do Rio já embalsamado, a estimativa exata do horário da morte foi considerada prejudicada
Ainda de acordo com o g1, o laudo também considera que fatores como estresse extremo, isolamento e ambiente hostil podem ter contribuído para a desorientação da vítima, dificultando sua capacidade de tomar decisões antes da queda. Foram identificadas lesões musculares e ressecamento nos olhos, mas não houve sinais de desnutrição, fadiga intensa ou uso de drogas ilícitas.
(Com O Estado de S.Paulo)