Por Redação do Jornal O Sul | 5 de agosto de 2025
A Justiça do Rio de Janeiro autorizou o Vasco da Gama a antecipar parcelas que ainda tem a receber referentes às vendas dos jogadores Clayton, atualmente no Rio Ave (Portugal), e Luca Orellano, que defende o Cincinnati (Estados Unidos). A decisão atende a um pedido do clube, que está em processo de recuperação judicial e depende de autorização judicial para movimentações financeiras desse tipo.
Apesar da liberação, o Vasco terá que apresentar à Justiça o destino dos recursos antecipados. Segundo a petição protocolada, o objetivo é aplicar o montante em projetos considerados urgentes, como o pagamento de despesas correntes e a manutenção das operações do clube.
O Rio Ave ainda deve ao Vasco duas parcelas de 1 milhão de euros cada — o equivalente a R$ 12,9 milhões na cotação atual. Os pagamentos estão previstos para 1º de setembro de 2026 e 1º de setembro de 2027. Já o Cincinnati tem uma dívida de 1,5 milhão de dólares (cerca de R$ 8,3 milhões) pela aquisição de Orellano.
A antecipação desses valores busca garantir liquidez imediata ao clube, que enfrenta dificuldades financeiras e precisa de recursos para manter suas atividades.
Trecho da petição
Em documento enviado à Justiça, o Vasco argumenta que a antecipação é estratégica e necessária diante do cenário atual:
“Essa opção mostra-se especialmente relevante em situações nas quais a Recuperanda enfrenta dívidas acumuladas ou necessita realizar projetos urgentes, como o pagamento de despesas correntes e manutenção da operação. Nessas circunstâncias, o valor antecipado é consideravelmente mais útil e estratégico do que o valor integral que seria recebido apenas ao longo dos próximos semestres ou anos. O tempo é dinheiro, pois a liquidez imediata dos recursos permite à empresa responder rapidamente a suas necessidades financeiras, evitar custos adicionais e aproveitar oportunidades que podem se perder com a demora. Adiar o recebimento implica risco e perda de valor, especialmente em contextos de instabilidade econômica e urgência operacional.”
A medida é mais um passo na tentativa do Vasco de reorganizar sua estrutura financeira e garantir a continuidade das operações. A antecipação de receitas futuras é uma prática comum em processos de recuperação judicial, especialmente quando há urgência na execução de projetos ou no pagamento de dívidas.
