Quinta-feira, 20 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 20 de novembro de 2025
A Justiça Federal decidiu, nesta quinta-feira (20), manter a prisão do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro. A decisão é da desembargadora Solange Salgado da Silva, do TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), que rejeitou um pedido de habeas corpus da defesa do banqueiro.
Vorcaro e mais seis executivos ligados ao banco foram presos no âmbito da Operação Compliance Zero, da PF (Polícia Federal). Eles são acusados de vender títulos de crédito falsos. O Banco Master também emitia CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) com a promessa de pagar aos clientes até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, esse retorno era irreal. Segundo a PF, o esquema pode ter movimentado R$ 12 bilhões.
A prisão de Vorcaro aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimentos Fictor Holding Financeira ter anunciado a compra do Banco Master e pouco mais de um mês depois de o Banco Central ter rejeitado a aquisição da instituição pelo BRB (Banco de Brasília).
Na terça (18), o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, a negociação de compra foi automaticamente interrompida.
Argumentos da defesa
No pedido de soltura, a defesa de Vorcaro argumentou que não há necessidade de manutenção da prisão do banqueiro, já que o Banco Master foi liquidado pelo BC.
Os advogados informaram que anexaram ao pedido comprovantes de que o dono do Master tinha uma reunião em Dubai com investidores que comprariam a instituição.
Na quarta-feira (19), a Justiça Federal também determinou que todos os presos na operação devem permanecer na carceragem da Superintendência da PF no bairro da Lapa, Zona Oeste de São Paulo. O local abriga pelo menos sete executivos ligados ao Banco Master, incluindo Vorcaro, entre outros envolvidos no esquema investigado pela PF.